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Nº 5873
Opinião

Problemas cr�nicos

As informações publicadas, nos últimos dois anos, pelos jornais dos maiores aos menores Estados do País, são suficientes para as autoridades e a população saberem que faltam medidas urgentes e eficazes contra os gravíssimos e crescentes problemas no siste

Por | Edição do dia 26/04/2002 - Matéria atualizada em 26/04/2002 às 00h00

As informações publicadas, nos últimos dois anos, pelos jornais dos maiores aos menores Estados do País, são suficientes para as autoridades e a população saberem que faltam medidas urgentes e eficazes contra os gravíssimos e crescentes problemas no sistema prisional brasileiro. E entre os principais estão os motins com mortes, os assassinatos, as fugas de presos e a destruição do bem público. A iniciativa da seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de apurar os motivos de mais uma fuga em massa do Baldomero Cavalcante, que chegou a ser anunciado como de segurança máxima, é das mais oportunas por vários aspectos. Principalmente, porque, a partir desta decisão, poderão surgir as providências de há muito necessárias para evitar a repetição desse tipo de ocorrência e outros fatos lamentáveis, cada vez mais freqüentes e preocupantes, ocorridos ali e também no São Leonardo, desde o ano passado. A idéia de a Assembléia Legislativa criar uma comissão de inquérito com o mesmo objetivo deve prosperar. E que os seus resultados, com os do trabalho da entidade dos advogados, não demorem e correspondam às expectativas de seus idealizadores e de toda a sociedade. Está mais do que provado que as medidas até agora adotadas para o equacionamento dessas e outras questões em boa parte dos presídios espalhados pelo País têm sido ineficazes. Do contrário, o Brasil não teria, só em São Paulo, uma quantidade de presos mortos 15 vezes maior que nos Estados Unidos. Desafios como esse aumentam com o crescimento da insegurança nas grandes e pequenas cidades, nos bairros ricos e nos bairros pobres, e no campo, em todo o País. Bastam os bandidos que andam por aí, apostando na impunidade e espalhando o terror até mesmo nas localidades mais policiadas, para que os diversos segmentos da população se unam na busca das providências contra a vulnerabilidade e outras deficiências nas prisões brasileiras.

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