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Nº 5865
Opinião

ESTRELA RADIOSA .

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Por Editorial | Edição do dia 16/09/2023 - Matéria atualizada em 16/09/2023 às 04h00

Há exatamente 206 anos, um decreto do então rei de Portugal D. João VI tornou a Província das Alagoas independente da Capitania de Pernambuco. A tese corrente entre grande número de historiadores e professores é a de que o desmembramento teria sido uma forma de punição da Coroa a Pernambuco, por causa da revolução que resultou na Insurreição Pernambucana, e um prêmio a Alagoas por não ter aderido ao movimento republicano.

Entretanto, não se pode deixar de ressaltar que estágio de desenvolvimento da região de Alagoas nessa época. Tratava-se de uma das economias mais dinâmicas e organizadas de todo o Nordeste. Isso permitiu o desenvolvimento social e cultural da população, o que certamente influi na decisão do monarca de emancipar a pequena província no dia 16 de setembro de 1817.

Nesses 206 anos de história, diretamente e indiretamente, mesmo sendo um dos menores Estados do País, Alagoas sempre teve papel relevante na história política nacional. Dessa “estrela radiosa” saíram três presidentes da República, entre eles os dois marechais que consolidaram o regime republicano.

O Estado também foi palco da história de Calabar, em Porto Calvo, da resistência quilombola de Zumbi dos Palmares e também é berço de grandes intelectuais, como Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Pontes de Miranda, Artur Ramos, Nise da Silveira, Aurélio Buarque de Holanda e Lêdo Ivo.

Por outro lado, terra de grandes contrastes, Alagoas viveu fases de pujança econômica mas também períodos de estagnação, que fizeram seus indicadores sociais figurarem entre os piores do País.

O Estado ainda apresenta grande passivo social, com pobreza e exclusão. Entretanto, nos últimos anos temos assistido a uma recuperação que, apesar de lenta, parece ser consistente. Depois de anos com as contas desorganizadas, agora Alagoas apresenta uma situação fiscal mais confortável, o que permite mais investimentos.

Daí vem o otimismo do governador Paulo Dantas, que destaca a otimização da aplicação de recursos, como forma de promover o desenvolvimento econômico e social. É o que os alagoanos esperamos.

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