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Nº 5882
Opinião

ONDA DE CALOR .

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Por Editorial | Edição do dia 10/11/2023 - Matéria atualizada em 10/11/2023 às 04h00

A temperatura média no Brasil atingiu nível recorde pelo quarto mês seguido em outubro. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre julho e outubro, a diferença entre o valor registrado e a média histórica – variação que é tecnicamente chamada de “desvio” – foi superior a 1 grau Celsius (°C). De acordo com o levantamento do Inmet, no mês passado, a temperatura média observada no Brasil ficou em 26,4°C. O resultado foi 1,2°C acima da média histórica para o mês (25,2°C).

O aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos também contribui para eventos cada vez mais extremos. O cenário indica que o ano de 2023 será o mais quente desde a década de 60. Estes resultados corroboram com as perspectivas encontradas por outros órgãos de meteorologia internacional.

Um estudo de cientistas ligados à Rede Mundial de Atribuição (WWA) concluiu que as mudanças climáticas causadas pela ação humana foram determinantes para a ocorrência das ondas de calor que superaram os 40ºC em grande parte do Brasil e na América do Sul em setembro deste ano. Para os cientistas, o fenômeno El Niño em desenvolvimento contribui para algum calor, mas, sem as alterações climáticas, esse calor primaveril tão intenso teria sido improvável.

Não é de hoje que a Organização Meteorológica Mundial (OMM) vem alertando para o fato de que o aumento da frequência, duração e intensidade desses eventos extremos nas últimas décadas está claramente ligado ao aquecimento observado do planeta e pode ser atribuído à atividade humana.

Com o aumento de eventos climáticos extremos como enchentes, chuvas em abundância e seca, o debate acerca do aquecimento global torna-se cada vez mais necessário e urgente.

A preocupação mundial com as mudanças climáticas começou a ganhar força nas últimas décadas. Apesar disso, os cientistas acreditam que o planeta ainda não chegou ao ponto de virada para uma mudança climática. Eles dizem que permanece aberta uma “pequena janela” de oportunidade para evitar o pior cenário da crise climática. É uma corrida contra o tempo.

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