A serra no Serra
O País está vivendo uma etapa da sua vida política e, em especial, das hostes do tucanato, onde a preocupação maior é proceder a caça às bruxas, a fim de tirar do caminho do poder todos aqueles indivíduos que são indesejados aos atuais mandatários da naçã
Por | Edição do dia 07/05/2002 - Matéria atualizada em 07/05/2002 às 00h00
O País está vivendo uma etapa da sua vida política e, em especial, das hostes do tucanato, onde a preocupação maior é proceder a caça às bruxas, a fim de tirar do caminho do poder todos aqueles indivíduos que são indesejados aos atuais mandatários da nação. Assim, fizeram com o baiano ACM, criando fatos mesquinhos e provocando a sua renúncia do cargo de senador. Em seguida, prepararam a mesma armadilha e provocaram a mesma coisa contra o paraense Barbalho. Ultimamente, o arpão dos tucanos voltou-se para a primogênita do Sarney, a sra. Roseana, que, com o arrojo do erário do Maranhão, já começava a insinuar uma candidatura à presidência da República, confiada nas forças que a cercavam, mas esquecendo as palhas deixadas na trilha da Sudam e sem pedir a anuência de FHC. Assim, as magníficas armaduras de Brasília pegaram o fio da meada e encontraram o caminho do Sr. Jorge, que tem sobrenome Murad, e adentraram em todos espaços proibidos, inclusive com a polícia, para desmoronar a alegre candidatura da esposa Roseana que já despontava nas pesquisas em igualdade com o candidato do Planalto. Concretizado esse plano, os tucanos trataram de se esforçar para elevar, nas pesquisas oficiais, o nome do companheiro pretendente aos salões do Alvorada, cuja bandeira de campanha deve ser o hiper-surto de dengue que deixou para os brasileiros, face à inércia do Ministério da Saúde. Trabalho diuturno, despesas imensuráveis, propagandas aos turbilhões mas o ex-ministro continua sem alcançar, sequer, 20% das intenções de votos. Nessa situação de decadência, os aliados resolveram trocar de candidato e começaram a lembrar outros nomes. Mesmo assim, o paulista não se tocou e mantém a candidatura. Mas tucano é tucano: não perdoa. Foram ao ninho e trouxeram para o ringue a figura do ex-diretor do Banco do Brasil, sob acusações gravíssimas de corrupção no leilão da Vale do Rio Doce, citando declarações do ministro da Educação e do ex-ministro Mendonça de Barros, inclusive com afirmativas de que FHC foi cientificado, na época, sobre o pedido de propina, feito pelo Sr. Ricardo Sérgio Oliveira. Agora, resta ao País aguardar o anúncio do novo candidato à presidência da República, do agrado do PSDB e, em especial, que satisfaça as ambições da copa e da cozinha dos palácios de Brasília. Não há mais perdão, já passaram a serra no Serra.