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Nº 5873
Opinião

Na hora certa - Editorial

Com toda razão, entidades privadas e poderes públicos começam a se organizar para criar formas de prevenção contra o turismo sexual em Alagoas. Justas são as preocupações do Ministério Público alagoano em alertar para esse risco e justíssima é a iniciativ

Por | Edição do dia 14/12/2005 - Matéria atualizada em 14/12/2005 às 00h00

Com toda razão, entidades privadas e poderes públicos começam a se organizar para criar formas de prevenção contra o turismo sexual em Alagoas. Justas são as preocupações do Ministério Público alagoano em alertar para esse risco e justíssima é a iniciativa de reunir representantes de setores que – de alguma forma – possam contribuir nessa batalha. O apelo sexual, como forma de atrair visitantes, não é mazela exclusiva do terceiro mundo, mas por óbvias razões sociais, a pobreza é usada como combustível farto a alimentar essa ancestral fogueira de vícios e exploração. Os poderes públicos tem flagrado e desbaratado grupos dedicados a sórdidas formas de exploração sexual, como a prostituição de menores. É lícita a previsão de que um maior fluxo turístico, se não corretamente operacionalizado e inserido num planejamento e transparente, possa dar margem também a essa opção (nada ética) de “mercado”. Várias outras localidades nordestinas têm sido alvos dessas práticas, e a mídia tem cumprido seu papel cidadão, cobrindo todas essas ocorrências criminosas. Até agora os principais focos desse problema correspondem às cidades onde se desenvolve um maior contato com os mercados “exportadores” do velho mundo. Nesse sentido, o sonhado funcionamento do aeroporto internacional traz inevitáveis signos do pesadelo do turismo sexual. Prevenir é – sempre – o melhor remédio. O correto desenvolvimento do turismo em Alagoas estará dependendo dos encaminhamentos feitos pelo poder público e pela iniciativa privada no sentido de se antecipar aos riscos evidentes e preparar eficientes defesas contra essa atividade deletéria. Começamos bem, unindo previamente os diversos setores que possam ter interesse ou tenham condições de intervir nessa situação. Os próximos passos serão decisivos.

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