app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5874
Opinião

Bodas de ouro

| Lysette Lyra * Como é emocionante a comemoração das Bodas de Ouro! Cinqüenta anos de casados, uma união de amor, de entendimento, e a sorte de estarem os dois cônjuges vivos e ainda em pleno vigor! São raros os casais que o conseguem. Geny e Stélio alc

Por | Edição do dia 25/01/2006 - Matéria atualizada em 25/01/2006 às 00h00

| Lysette Lyra * Como é emocionante a comemoração das Bodas de Ouro! Cinqüenta anos de casados, uma união de amor, de entendimento, e a sorte de estarem os dois cônjuges vivos e ainda em pleno vigor! São raros os casais que o conseguem. Geny e Stélio alcançaram essa felicidade! Que prazer estar presente nessa comemoração tão linda e merecida! Primeiro ouve uma bela missa na Igreja dos Capuchinhos. A decoração em candelabros dourados e arranjos de gérberas e rosas amarelas e brancas estava um deslumbramento. Ao som da orquestra, acompanhada de um coro de dezenas de vozes, e antecedido por um cortejo formado pelos três filhos, as netas e as três noras, o casal jubilar, a irradiar felicidade, dirigiu-se ao altar. Geny, muito bonita, usou um vestido de duas peças em renda e tecido dourados, com flores nos cabelos. Filho, netas e a nora pronunciaram carinhosas palavras, saudando os esposos. Sob uma chuva de arroz e pedacinhos de papel prateado, o festejado casal deixou o templo, após a missa celebrada pelo mesmo clérigo que os houvera casado. A festa comemorativa realizou-se no Armazém Usina, em Jaraguá. Logo à entrada os aniversariantes recebiam, felizes, os convidados, entre vários objetos que lembravam suas núpcias, arranjados com muita arte e beleza. Ali estavam forrando as mesas de docinhos (em lindas caixinhas) e entre arranjos florais artísticos, a colcha e a toalha usadas no casamento. O vestido de noiva, feito em rendas, perfeitamente conservado, vestia um manequim, dentro de uma vitrine iluminada. Das paredes pendiam quadros com fotografias tiradas no matrimônio do casal. Os salões encontravam-se magnificamente decorados pela arte, sempre de bom gosto, da nossa Eva Amaral. É inesgotável a sua criatividade! Já fui a tantas festas ornamentadas por ela, sempre lindas, e nunca vi uma igual à outra! Nesta ela usou ramos secos salpicados de flores, entre candelabros de contas de cristal. Longos balcões com apetitosos frios e doces se espalhavam por várias localidades do armazém. As mesas cobertas por toalhas douradas foram enfeitadas com rosas amarelas e brancas, e castiçais de cristal com velas acesas. Num telão apreciamos fotos do casal que também eram projetadas nas paredes do prédio, A Orquestra Veneza, vinda da capital pernambucana, tocou para as danças que se seguiram, animadas, até a madrugada. Num gesto de desprendimento, os aniversariantes abdicaram de receber presentes em troca de lençóis para os idosos carentes. (*) É escritora.

Mais matérias
desta edição