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| Dom José Carlos Melo, CM * A Igreja dedica o mês de agosto às vocações, de modo especial às vocações sacerdotais e religiosas. Com esse impulso missionário, somos convidados a ver Jesus e a responder ao seu apelo de transformação, vida e participação n
Por | Edição do dia 06/08/2006 - Matéria atualizada em 06/08/2006 às 00h00
| Dom José Carlos Melo, CM * A Igreja dedica o mês de agosto às vocações, de modo especial às vocações sacerdotais e religiosas. Com esse impulso missionário, somos convidados a ver Jesus e a responder ao seu apelo de transformação, vida e participação no mistério. Antes de tudo, é preciso estabelecer como ponto de partida para a causa das vocações o chamado à vida como dom de Deus, que é preciso respeitar, defender cultivar e aprimorar. É dentro deste contexto do chamado à vida que precisamos situar as demais vocações específicas que nascem da graça batismal e nela encontram sua inspiração e seu dinamismo. Quanto mais autêntica é a nossa vivência batismal, tanto mais é a nossa resposta à vida como dom de Deus. No trabalho vocacional somos imbuídos do desejo de estimular as vocações sacerdotais, pois, desta maneira tornamos concreta a proposta do Papa João Paulo II, em ajudar a nossa Igreja a ter, de fato, uma fisionomia vocacional. Todos os batizados são responsáveis pelas vocações. O protagonista, o sujeito ativo da animação vocacional é a própria comunidade eclesial e não apenas algumas pessoas. Levando em conta a realidade da nossa arquidiocese, somos gratos a Deus pelo número significativo dos nossos seminaristas e dos resultados positivos ultimamente obtidos. É necessário, portanto, dar neste mês vocacional um incremento e um impulso expressivo às diversas formas da vida missionária, incentivando os diversos grupos e comunidades que têm o carisma próprio da missão e despertando novos. A Igreja é, por natureza, missionária e o batismo nos coloca no dinamismo próprio de sua missão. Não se entende Igreja sem missão e não se entende um cristão sem compromisso missionário. É preciso, contudo, estabelecer uma integração dessas vocações específicas para eficácia e unidade da missão, tendo como ponto de referência à família. O chamado de Deus para uma missão nos enriquece e enriquece a Igreja. A resposta do homem ao convite Divino de modo particular o leva a descobrir e a cultivar melhor em sua comunidade as vocações, a saber, para o matrimônio, vida religiosa e o sacerdócio ministerial. Desse modo teremos condições para a descoberta, o acompanhamento e o discernimento dos candidatos para as diversas vocações. Quanto mais intensa for a vivência da graça batismal, maior será o dinamismo da missão da Igreja. De tudo o que acabamos de falar, podemos afirmar: a Igreja é por sua natureza missionária. Todo cristão, filho da Igreja é necessariamente missionário, isto é, chamado a realizar a missão da própria Igreja. (*) É arcebispo metropolitano de Maceió.