Fato lastim�vel - Editorial
Os policiais civis alagoanos continuam unidos em mais uma greve deflagrada por melhores salários e condições de operacionalização quanto às instalações onde trabalham e também no tocante aos equipamentos. A categoria é uma das que sempre tiveram maiores d
Por | Edição do dia 08/09/2007 - Matéria atualizada em 08/09/2007 às 00h00
Os policiais civis alagoanos continuam unidos em mais uma greve deflagrada por melhores salários e condições de operacionalização quanto às instalações onde trabalham e também no tocante aos equipamentos. A categoria é uma das que sempre tiveram maiores dificuldades para sensibilizar os governantes com suas reivindicações. Os motivos da nova temporada de protestos dessa classe de trabalhadores do serviço estadual são justos, tornando inquestionáveis as necessidades de compreensão, negociação e, por via de conseqüência, o atendimento aos seus reclamos, após, obviamente, a verificação das reais condições do erário e outras limitações das leis. Porém, não pode ser merecedor de nenhum modo de apoio, as reações radicais e até assustadoras e perigosas como os atos de vandalismo promovidos anteontem em frente ao Palácio do Governo, com bombas, mais outras coisas que também são usadas para matar. Acontecimentos violentos nunca deixaram de gerar violências acompanhadas de dor, desespero, revolta e outras modalidades de sentimento e reação. Que sejam evitados, portanto. Mesmo com renúncias e à custa de certos sacrifícios. Principalmente quando autores e demais entes envolvidos, direta ou indiretamente, têm o dever e a obrigação constitucionais da defesa e proteção de todos os cidadãos e cidadãs. Sejam quais forem os locais das suas ocorrências e os seus resultados. Atitudes absurdas devem ser evitadas e provocar reflexões e lições importantes para a facilitação de entendimentos que podem ajudar na construção das soluções requeridas pelos trabalhadores que, a exemplo dos policiais, lutam por seus direitos. Mas sem precipitações e sempre com civilidade. Ontem, no 7 de Setembro, a festa acabou pelo radicalismo e pela intransigência. A autoridade legal deve responder.