Os 190 anos de Alagoas independente, completados neste 16 de setembro foram marcados por graves e até sangrentas desavenças no campo da política desde os primeiros anos da colonização. Os próprios poderes, principalmente os executores e elaboradores das leis já eram responsáveis diretos pelas diversas formas de violência e longos períodos de crises afetando as populações e as instituições, principalmente as públicas, que não teriam paradeiro depois da conquista definitiva da autonomia administrativa e econômica, conquistada em 1817, dessa então colônia de Portugal, território de uma das mais prósperas províncias do Império. Desde antes de 16 de setembro de 1817, os alagoanos destacaram-se excepcionalmente (de forma positiva e negativa) na vida política brasileira. Zumbi e Calabar foram dois polêmicos líderes nascidos nas Alagoas antes desta ser uma unidade autônoma. Depois, ao longo dos séculos, alagoanos e alagoanas seguiram destacando-se enormemente no cenário brasileiro (e até internacionalmente). Temos, 190 anos depois da emancipação, ainda graves problemas a resolver. Alagoas, quase dois séculos depois da autonomia, ainda não encontrou seu devido caminho para o desenvolvimento. Temos motivos para comemorações, é verdade. Melhorou o nível de conscientização e informação na coletividade, amplia-se a discussão democrática, a necessidade do desenvolvimento passa a ser uma pauta de interesse cada vez maior em vários segmentos sociais, etc. O mais importante é avançar na capacidade de união entre as lideranças políticas e sociais, resalvado o direito às divergências, em torno de projetos capazes de desenvolver Alagoas. Lutemos a fim de que, nas próximas datas comemorativas como esta, tenhamos novas razões para festejos e orgulho. Com paz e prosperidade.