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Por | Edição do dia 17/11/2007 - Matéria atualizada em 17/11/2007 às 00h00
| Marcos Davi Melo * Um empresário local, sentindo-se angustiado após incontáveis assaltos à mão armada contra os seus estabelecimentos comerciais, apelou para a polícia com tudo o que tinha direito. Depois de algum tempo os assaltantes foram presos. A história poderia ter um fim, pelo menos um intervalo aí. Bandido preso, o empresário poderia voltar a trabalhar até que um novo bando o azucrinasse. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. Paradoxalmente, o empresário está mais desesperado do que antes, quando o marginal chefe estava solto. O criminoso, mesmo trancafiado, tem proferido ameaças constantes contra a vida do empresário, que nunca mais dormiu. Ontem, voltando para casa perto das 18 horas, após um exaustivo dia de trabalho, parei em uma farmácia da Rua Jangadeiros Alagoanos; logo um cidadão idoso e respeitável, descontrolado, entrou no recinto gritando que o prédio vizinho estava sendo assaltado por dois marginais. Clamava por socorro ao tempo em que abanava na mão um celular, que tinha usado para chamar o Copom, mas só fôra atendido por uma fria e distante secretária eletrônica. Tentou a Guarda Municipal, que em resposta disse que iria recorrer ao Copom. Residências de anônimos e notáveis são assaltadas todos os dias. Neste fim de semana, prolongado para alguns privilegiados, normal para outros normais; muita gente aproveitou para ir para as praias, certamente o que temos de melhor em lazer. Entretanto, muitos dos amigos que se dirigiram à Barra de São Miguel, este paraíso terráqueo, mostraram-se preocupadíssimos com a segurança pessoal e da família. É terrível. A Barra com aquela água morna e calma, foi feita para relaxar, para o prazer. Mas, se o cidadão fica ligado, ansioso, amedrontado, que a sua casa e a sua família podem ser assaltadas por um bando de criminosos armados, o céu passa a ser um inferno. Certo que a violência e a insegurança são pragas nacionais, Mas, esta desgraça é particularmente mais grave em Alagoas, segundo as próprias autoridades do setor, que aliás mostram flagrante e improdutivo desencontro no que se refere às providências que devem ser tomadas para minimizar esta gravíssima situação. A sensação generalizada é que é preciso fazer muito mais. A sociedade aguarda que o governador Teotônio Vilela, que mostrou destemor e firmeza em outros momentos críticos e tantos avanços aferiu em muitos setores, dê especial atenção a este, assuma pessoalmente a liderança e conduza esta cruzada com o vigor e o rigor que ela exige (*) É médico e professor da Uncisal.