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Nº 5882
Opinião

Grandes esperan�as - Editorial

Ainda em sua fase inquérito policial, as investigações levadas adiante pela Operação Taturana já provocam uma série de constatações e outras tantas indagações, todas impactantes. Em primeiro lugar, as acusações formuladas pela Polícia Federal e demais i

Por | Edição do dia 11/12/2007 - Matéria atualizada em 11/12/2007 às 00h00

Ainda em sua fase inquérito policial, as investigações levadas adiante pela Operação Taturana já provocam uma série de constatações e outras tantas indagações, todas impactantes. Em primeiro lugar, as acusações formuladas pela Polícia Federal e demais instituições envolvidas nesse processo, vêm ao encontro de suspeitas que corriam em Alagoas, há anos, à boca miúda como boatos, dando conta da existência de vários buracos no cofre da Assembléia Legistativa de Alagoas, assim como fantasmas e laranjas seriam os canais de escoamento ilegal de grandes somas. Em segundo lugar (não em ordem de importância, mas como decorrência da observação anterior), a operação em curso restaura esperanças e temores na população alagoana, a saber: esperança de que escândalos de grande monta sejam, enfim, esclarecidos, os responsáveis punidos e os recursos desviados devolvidos. Temem, ao mesmo tempo, os alagoanos, que a Taturana vire borboleta depois de algum tempo de maturação e voe livre, leve e solta. O pouco conhecimento sobre os resultados de outras grandes operações policiais (como a Guabiru) frustam a opinião pública, fazendo florescer dúvidas e decepções. Nesta mista e contraditória salada de opiniões, o povo alagoano, certamente, prefere apostar na esperança. Certamente aposta, neste momento, que os recursos desviados possam um dia ser devolvidos ao erário. Quem sabe, no decorrer das apurações, o próprio Poder Legislativo, interessado em resgatar sua imagem, não se engaja no processo de esclarecimento dessas denúncias e, além de posicionar-se acerca das questões do decoro, reestuda sua contabilidade e, ajudando ao povo alagoano, expurga por iniciativa própria de seu duodécimo a parcela antes desviada (se isto for verdade), disponibilizando-a para educação, saúde, segurança pública, obras...

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