Nascer para uma nova vida
| Dom Antonio Muniz Fernandes, O. Carm. * Vinde vós, sozinhos, a um lugar deserto e afastado, descansai um pouco E foram de barco para um lugar deserto, afastado (Mc. 6, 31-32). O sentido verdadeiro de nossa esperança é outro e vai muito mais além d
Por | Edição do dia 30/12/2007 - Matéria atualizada em 30/12/2007 às 00h00
| Dom Antonio Muniz Fernandes, O. Carm. * Vinde vós, sozinhos, a um lugar deserto e afastado, descansai um pouco E foram de barco para um lugar deserto, afastado (Mc. 6, 31-32). O sentido verdadeiro de nossa esperança é outro e vai muito mais além do que estamos sentindo e vendo em nossas vidas e na correria do passar dos nossos dias. Em última instância, é a vida de Jesus presente em nós mediante a graça, é a vida em plenitude que nos faz felizes, não só individualmente mas também na comunidade em que nos toca viver, realizando nossas mais justas esperanças. Muito bem vinda a carta última do Papa Bento XVI, que toca este tema realmente atual para os nossos dias. Spe Salvi facti sumus é na esperança que fomos salvos. Foi ele mesmo; Jesus, que nos abriu este caminho da esperança e da imortalidade, por que todos temos ânsia de vida eterna. Todos estamos buscando na fé os bens esperados. Nossa Igreja tem ficado sempre mais rica pelos conteúdos do ensinamento do nosso Papa Bento XVI. Sim, tenho falado mesmo e vou continuar falando! O Tempo destas grandes festas e solenidades nos faz reverter esta situação de apatia! O povo triste e desanimado começa a ver surgir um raio de luz e de esperança! É o verdadeiro Natal cristão, o anúncio profético do sim de Deus que enche os corações e a face da terra de Esperança! O povo que vivia nas trevas, viu surgir uma grande luz! É o sim de Deus que nos dá a verdadeira vida e a verdadeira esperança. Este é um tempo para confrontarmo-nos com a exigência quotidiana de pronunciarmos nosso amém à vontade de Deus e nos colocarmos diante da pessoa de Jesus, nosso modelo acabado de fidelidade. Ele, nos diz o Apóstolo Paulo: não foi sim e não, mas unicamente sim (2Cor. 1,19). Por isso, estes dias de grandes festas e solenidades nos levam a avaliar a qualidade de nossa resposta ao chamado de Deus e a nossa disponibilidade ao serviço do Reino, através da nossa vida cristã. Qual é a atitude que publicamente assumimos diante de muitas testemunhas (1Tim. 6.12) ? Fazer da Palavra divina o seu livro de oração, fazer da oração o nosso verdadeiro caminho cotidiano, que eles marquem o compasso de sua caminhada neste ano-novo que se inicia. Deixe sua eficácia agir plenamente nos recantos de sua vida que necessitam de cura e de uma verdadeira mudança, assuma este compromisso que serão surpreendentes e transfiguradores na sua existência e no seu viver! (*) É arcebispo metropolitano de Maceió.