| José Medeiros * Participamos, em noite memorável, da concessão de títulos de “Professores Eméritos” a seis docentes jubilados da antiga Escola de Ciências Médicas de Alagoas, hoje, Faculdade de Medicina da Uncisal. O regimento de instituições de nível superior inclui, sempre, entre as homenagens que podem ser prestadas a ex-professores, este título honroso, desde que os mestres tenham contribuído para a melhoria do ensino, da pesquisa ou da extensão. Os agraciados são pioneiros, os primeiros docentes em suas respectivas disciplinas. Na solenidade foram recordados os tempos e as histórias de suas vidas acadêmicas, fatos do meu conhecimento, pois tive a oportunidade de conviver com esses ilustres mestres. Os professores Alberto Eduardo Cox Cardoso, Carlito Cedrim da Silva, Abynadá de Siqueira Lyro, José Maria Cavalcante Constant, Ernane Santana Santos e Pedro Teixeira dos Santos são reconhecidos por suas contribuições científicas, acadêmicas e comunitárias. Impossível registrar todos os títulos culturais que ornamentam o horizonte plural de suas vidas, mas foi possível condensar seus extensos currículos, para que o público os conhecesse bem. Associei-me, de maneira afetiva, às merecidas homenagens prestadas pelo reconhecimento de mais de três décadas de atividades universitárias por eles desempenhadas. A cerimônia foi conduzida pelo dinâmico reitor André Falcão Pedrosa que já demonstra, num curto espaço de tempo, resultados positivos do desafio que aceitou, de bem organizar – com sua equipe – a instituição universitária Uncisal, que corresponda às novas referências do pensamento social e à realidade do Estado. O trabalho realizado por uma faculdade pode ser mensurado de diferentes modos, entretanto, um dos mais eficientes é aquele que se faz através do desempenho dos que nela se formaram. Muitos dos ex-alunos da Ecmal são, atualmente, nomes expressivos em suas atividades e especialidades escolhidas. A cerimônia passou, mas permanecerão as manifestações de gratidão aos que ajudaram a formar gerações de médicos, embora se reconheça a transitoriedade da vida e das glórias. Vale recordar: “Existimos, porque temos memória, porque a usamos contra o esquecimento. A memória é o remédio contra as fissuras do tempo, na preservação do que precisa ser relembrado e reafirmado”. A história de um país deve confundir-se com a história de sua educação; e não se pode esquecer – embora reconhecendo o magnífico desenvolvimento tecnológico atual – o trabalho do professor, que acompanha essa evolução e continua sendo o elo de uma ação necessária e insubstituível. (*) É médico e ex-secretário de Educação e de Saúde.