Parentalidade distraída: conexão limitada
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Por Carla Nascimento Dória- Psicóloga e Psicopedagoga da Faculdade Estácio de Alagoas | Edição do dia 09/05/2024 - Matéria atualizada em 09/05/2024 às 04h00
Não podemos negar as inúmeras e infinitas possibilidades que as tecnologias proporcionam para o mundo, porém junto aos avanços também surgem questões ligadas a modernidade merecendo nossa atenção e reflexão críticas, a citar a forma como estão sendo estabelecidas as relações e conexões nas famílias.
O papel e formação das emoções na vida das crianças e adolescentes é de suma importância para a estruturação de habilidades socias, emocionais e cognitivas que eles utilizarão na resolução de problemas e mediações de conflitos nas fases posteriores da vida, por este motivo, nesta etapa a atuação do cuidador e responsável representa um referencial marcante, pois é através deles que as crianças e adolescentes experimentam o mundo.
Por isso, precisamos ficar atentos sobre a forma como está sendo estabelecidos estes vínculos, por que nessa conexão, crianças e adolescentes estão vivendo experiências sem o olho no olho, sem diálogos, sem afeto e competindo com dispositivos eletrônicos que acarretam prejuízos significativos nas relações e inclusive causando acidentes por níveis altos de distração dos responsáveis.
É necessário e urgente repensarmos sobre estas relações, tornar mais consciente essa problemática no processo de estar se tornando pai e mãe e sempre que possível pensar se estamos tornando nossos futuros filhos, adultos saudáveis emocionalmente e com repertório de habilidades relacionais tão importantes para os desafios da vida.