“É, Snoopy, um dia todos nós vamos morrer” ... O cachorro, então, sabiamente responde : “É verdade, Charlie Brown, mas todos os outros dias, não” ... no desenho criado pelo cartunista Charles Schulz.

Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes filmes clássicos franceses.

Eles me levaram para a bucólica cidade francesa de Ger, no ano de 1995, onde fui recebido por Michel Serrault, a quem fui logo pedindo:

Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.

-Todo mundo tem problemas e aborrecimentos com os outros na vida ... para resolvê-los, divida-os em duas partes ... uma onde a culpa pelos problemas criados você considera ser dos outros e outra onde você assume ser culpa sua.

-Esqueça a lista da culpa dos outros ... você jamais mudará as pessoas!

-Foque exclusivamente em mudar a parte que te cabe ... mude para melhor tudo aquilo que você acredita que você faz, age ou fala e que serve como gatilho para gerar o stress entre você e as outras pessoas.

-Faça isto ... retire toda a permissão que os outros acham que você dá para te tratarem mal e perceba uma mudança mágica para melhor inclusive no mundo ao seu redor.

Serrault foi o ator que interpretou Francis, o protagonista do filmaço “A Felicidade Está No Campo”.

Melancólico, estressado e entediado pelo assédio dos fiscais de impostos, das funcionárias de sua fábrica em greve e por um relacionamento totalmente disfuncional com sua esposa e sua filha, ele acaba tendo uma parada cardíaca.

Em recuperação, vê no programa de TV “Onde Está Você?” uma fazendeira e suas duas filhas fazerem um comovente apelo para a volta do pai das jovens, desaparecido há mais de 28 anos e seu sósia copiado e escarrado.

Ele então decide desembarcar da sua vida, quase no final dela, para continuá-la na pele do suposto desaparecido arrependido.

Vê nesta aventura uma oportunidade para mudar nele mesmo tudo aquilo que fazia com que os outros ao seu redor o odiassem e consegue com isto, inclusive, fazer as pazes com os algozes de sua vida anterior.

Só então ele percebe que a chave para resolver a maioria dos nossos problemas com os outros está escondida dentro de pequenos ajustes que fazemos em nós mesmos.