Com a experiência de quem um dia comandou a PM, o coronel Edmilson Cavalcante, atual secretário de Segurança Comunitária e Cidadania de Maceió, defende que a polícia dê resultados. Para ele, no modelo atual não deve continuar. O sistema atual se divide em dois: Polícia Militar e Polícia Civil. “Simplesmente desmilitarizar não seria a solução do problema. Mas, se pensarmos num sistema único de defesa, onde tanto a parte de prevenção quanto a de repressão venham a ser realizadas por uma polícia única, eu acho que traria um ganho para a segurança pública”, disse. Na sua atual pasta, que tem na estrutura a Guarda Municipal, o coronel acredita ser essencial que ela seja inserida num novo modelo onde auxilie, efetivamente, no monitoramento e ostensividade da segurança. A professora de Direito da Ufal e integrante do Núcleo de Estudos sobre Violência, Elaine Pimentel, conhece a experiência de unificação vivenciada no Chile. Conforme apurou, naquele país as polícias têm competências definidas, mas atuam como uma única polícia. “Lá, até o sistema prisional está no contexto. É claro que no Brasil a nossa polícia tem sua doutrina, ainda ligada à ditadura, mas eu não sei se esse é o momento ideal para que se desmilitarize. Nós estamos num momento de construção na PM de uma polícia cidadã”, afirma.