Arapiraca – Uma semana depois de ser inaugurado, o Presídio do Agreste atravessa a primeira crise. Ontem, agentes penitenciários do antigo Presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza, transferidos para a nova unidade, fizeram denúncias ao Ministério Público, em audiência com a promotora de Execuções Penais, Delma Pantaleão. As denúncias, endossadas pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Jarbas Souza, vão da falta de alojamento adequado para agentes femininas ao risco de vida devido à falta de condições de segurança na escolta de presos, além de assédio moral. “Qualquer reclamação por parte dos agentes gera ameaças de transferência. Por isso estamos avisando logo: se qualquer colega que estiver participando dessa audiência for transferido em retaliação, a gente para na mesma hora”, afirmou o sindicalista. De acordo com os agentes, o novo presídio foi construído sem levar em consideração que, além dos funcionários da Reviver – empresa terceirizada que gerencia a unidade –, é preciso também dar condições de trabalho e descanso aos servidores públicos. Eles reclamaram que são os funcionários da Reviver que ficam responsáveis pela abertura e fechamento do portão de acesso e que que o alojamento é uma “afronta”.