Tenente � preso como suspeito na morte de Vianna
O comandante da Corregedoria da Polícia Militar, Rogério Duarte, revelou, ontem, que o tenente PM Talvanes Luiz da Silva está preso no quartel do Batalhão de Cavalaria, em Maceió. O oficial foi apontado à Justiça pela testemunha José Antônio dos Santos co
Por | Edição do dia 11/02/2004 - Matéria atualizada em 11/02/2004 às 00h00
O comandante da Corregedoria da Polícia Militar, Rogério Duarte, revelou, ontem, que o tenente PM Talvanes Luiz da Silva está preso no quartel do Batalhão de Cavalaria, em Maceió. O oficial foi apontado à Justiça pela testemunha José Antônio dos Santos como um dos suspeitos de envolvimento no atentado e morte do tributarista Sílvio Vianna, ocorrido no dia 28 de outubro de 1996, em Ipioca, litoral norte de Maceió. A testemunha, que é mantida sob especial esquema de segurança da Polícia Civil, declarou, em depoimento ao juiz José Braga Neto, da 3ª Vara Especial Criminal de Maceió, que o tenente Talvanes participou do crime, juntamente com seu irmão, o ex-tenente José Luiz da Silva Filho, e o soldado Garibaldi Amorim, ambos presos por outros crimes e aguardando julgamento pelo caso Sílvio Vianna. O depoimento da testemunha José Antônio dos Santos ocorreu em dezembro do ano passado. A prisão do tenente Talvanes foi decretada, este mês, pela juíza Maria Verônica Correia de Carvalho Souza Araújo, plantonista do Fórum de Maceió, alegando se tratar de uma forma de garantir a aplicação da Lei Penal e para assegurar sua apresentação no momento adequado à Justiça. Tocantins O tenente PM Talvanes Luiz da Silva já esteve preso, em Palmas (Tocantins), acusado de ser um dos matadores do fazendeiro Pedro Daniel de Oliveira Lins, o Pedrinho Arapiraca. O crime ocorreu no dia 9 de julho de 2001, na cidade de Taguatinga, onde a vítima tinha uma fazenda vizinha às terras do deputado João Beltrão, no Estado do Tocantins. Além de Talvanes, que, na época, comandava a segurança do deputado, foram pronunciados Paulo Ney de Morais, Wilton Luiz da Silva e o ex-soldado PM Jaires da Silva Santos. Acusado de ser o mandante do homicídio, João Beltrão foi denunciado pelo Ministério Público do Tocantins. Quando foi assassinado, Sílvio Vianna conduzia em seu automóvel uma pasta preta tipo 007 contendo vários documentos comprovando a sonegação fiscal no Estado. Esses documentos integram os autos do primeiro inquérito e, segundo a família do tributarista, são a prova de que Vianna teria morrido em decorrência do cargo que exercia.