Quatro policiais v�o a julgamento popular
Os policiais militares Adelson Tenório da Conceição, João Costa Pereira, Valdir Antônio Pereira e Adriano Christian dos Santos foram pronunciados pela Justiça no processo que apura o envolvimento deles no assassinato de quatro homens, episódio que ficou
Por | Edição do dia 23/04/2002 - Matéria atualizada em 23/04/2002 às 00h00
Os policiais militares Adelson Tenório da Conceição, João Costa Pereira, Valdir Antônio Pereira e Adriano Christian dos Santos foram pronunciados pela Justiça no processo que apura o envolvimento deles no assassinato de quatro homens, episódio que ficou conhecido como a chacina da Santa Lúcia. Com essa decisão, eles vão a julgamento popular. Os quatro foram ontem ao Fórum do Barro Duro para tomar ciência da sentença de pronúncia, que foi dada pelo juiz da 3a Vara Especial Criminal, Paulo Nunes. Durante a audiência, familiares de dois acusados Adelson Conceição e João Costa realizaram uma manifestação na porta do Fórum. Dos quatro, apenas esses dois policiais continuam presos no quartel militar e se recusaram a assinar ontem termo de pronúncia, alegando que são inocentes. A chacina da Santa Lúcia ocorreu no dia 9 de junho do ano passado. As vítimas foram David Araújo Félix dos Santos, 17 anos, André Carlos Santos Silva, 16, André Antônio Rufino e Adriano Carlos Silva, 15. O menor Elezir Santos Bezerra foi atingido pelos tiros, mas conseguiu escapar. Vingança De acordo com a polícia, tanto as vítimas quanto os policiais estavam envolvidos com o uso e tráfico de drogas na região do Tabuleiro. Mas a chacina teria sido motivada por vingança. A namorada de Adelson, Lucielva Barbosa Silva, teria sido agredida por um deles. No dia do crime, um sábado, os cinco estavam numa casa situada à Rua Professor Gilson Lucas, quando por volta das 19 horas os quatro militares apareceram atirando, atingindo as vítimas sem nenhuma chance de defesa. A sentença de pronúncia foi prolatada pelo juiz-substituto, José Braga Neto, que manteve a prisão de Adelson e João Costa, que negam qualquer participação na chacina. Os familiares dizem ter provas da inocência deles. Mas agora, os quatro irão a julgamento popular, que deve acontecer nos próximos meses. O julgamento será presidido pelo juiz Paulo Nunes, que reassumiu a 3a Vara Especial Criminal.