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Nº 5870
Polícia

Familiares de taxista acusam PRF de omiss�o de socorro

Os familiares do taxista Severino Alves da Silva, 65, que morreu, na última segunda-feira, na Unidade de Emergência Armando Lages, onde foi internado há cerca de 15 dias, depois de passar mal no trânsito e ser levado para o posto da Polícia Rodoviária Fed

Por | Edição do dia 24/04/2002 - Matéria atualizada em 24/04/2002 às 00h00

Os familiares do taxista Severino Alves da Silva, 65, que morreu, na última segunda-feira, na Unidade de Emergência Armando Lages, onde foi internado há cerca de 15 dias, depois de passar mal no trânsito e ser levado para o posto da Polícia Rodoviária Federal, no Tabuleiro do Martins, afirmaram que vão entrar na Justiça acusando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de negligência e de não prestar socorro médico. A esposa do taxista, Sofia Alves da Silva, informou, ontem, que, ao ser avisada do problema com o marido se dirigiu ao posto da PRF, onde encontrou Severino desmaiado dentro do veículo, que estava recolhido ao depósito. “Ele sofria de diabetes e hipertensão, mas não recebeu atendimento médico. Somente foi jogado no depósito e ficou preso no carro por mais de sete horas”, afirmou. Segundo Sofia Alves, os policiais alegaram que Severino estava embriagado e foi deixado no carro para curar a ressaca. “Fomos informados às 18h30 e quando chegamos lá ele já estava em coma”, frisou. Já a PRF justificou que o taxista foi encaminhado para uma sala com condicionador de ar para descansar. “Os policias acreditavam que o condutor estivesse embriagado, já que é normal motoristas serem recolhidos ao posto por estarem bêbados”, explicou o chefe do Núcleo de Operações Especiais da PRF, inspetor Jeferson Luís. A explicação dos policiais ao inspetor foi de que um motorista tinha prestado queixa no posto de que um taxista embriagado havia colidido com seu veículo próximo à Universidade Federal de Alagoas. “Quando nossa equipe foi checar a denúncia realmente encontrou um condutor desacordado dentro de um veículo”, declarou o inspetor da PRF. Jeferson Luís orientou a família do taxista a procurar a Corregedoria da PRF para prestar queixa do ocorrido, onde deverá ser aberto um processo administrativo. “Caso fique provada a negligência por parte dos policiais eles deverão ser punidos”, assegurou.

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