Rivalidade entre quadrilhas provoca assassinatos
As quadrilhas estão se matando. Já capturamos vá-rios elementos metidos com crimes e os mandamos para a prisão. Mas, de repente, asturmas se renovam, apesar do trabalho da Polícia Civil. O desabafo é do delegado do 3º Distrito Policial, Manuel Wanderley
Por | Edição do dia 12/05/2002 - Matéria atualizada em 12/05/2002 às 00h00
As quadrilhas estão se matando. Já capturamos vá-rios elementos metidos com crimes e os mandamos para a prisão. Mas, de repente, asturmas se renovam, apesar do trabalho da Polícia Civil. O desabafo é do delegado do 3º Distrito Policial, Manuel Wanderley. Na opinião dele, enquanto as favelas não forem desativadas das margens da lagoa, o crime não vai deixar de ocorrer. As muitas favelas instaladas ao longo dos anos têm sido os principais redutos para a formação de novas quadrilhas. A rivalidade entre favelados tem demonstrado que manda quem pode, por que a lei ali dentro é a do mais forte. Este ano alguns jovens considerados líderes de galera foram emboscados e mortos dentro de seus barracos. Rivalidade Quando surge um pseudo líder na favela ele começa a ser observado pelo grupo rival. O traficante, que já está instalado, não admite dividir o território por que vai levar prejuízo. É quando a rivalidade mostra que tem poder de fogo. As armas usadas para cometimentos dos crimes são roubadas. Com a execução do tal líder a galera inimiga chega a comemorar, diz um policial civil, revelando como ocorrem alguns crimes. Nas favelas a lei do silêncio é imposta e respeitada. Quem passar informações para a polícia ou deixa o local ou é morto. Muitas denúncias neste sentido chegaram à polícia. Algumas prisões foram feitas e os responsáveis processados e mandados para o presídio. A Secretaria de Defesa Social garante que tudo está sendo feito no sentido de que a questão da favelização seja resolvida, porque o combate à onda de violência está crescendo na capital e interior do Estado.