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Advogado diz como defender� pistoleiro

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| MAIKEL MARQUES Repórter Arapiraca - O advogado Roberto Marques vai defender os “pistoleiros” Lausio Lourenço Lima e Gilmar Alves - acusados de matar o ex-vereador José Dória de Souza do PTB de Olho d’Água das Flores - com base na tese de “negativa de autoria” do crime, que teria sido encomendado pelo ex-vereador Milton Silva Roberto (PTB) por R$ 800, segundo o Ministério Público (MP). O ex-vereador José Dória de Souza morreu no dia 31 de março de 2005 com três tiros de revólver. Os disparos teriam sido efetuados por Lausio Lourenço. Ele teria recebido ajuda do “comparsa” Gilmar Alves, que conduzia a motocicleta utilizada na suposta operação criminosa. Com base em informações de uma testemunha ocular, os dois teriam sido reconhecidos e presos horas depois do crime sentados à mesa de um boteco onde se divertiam com um grupo de populares. Para o advogado Roberto Marques, que é professor de Direito em Arapiraca e Penedo, a prisão dos dois acusados foi feita de forma ilegal. O julgamento dos dois acusados de autoria material será aberto ao público e está confirmado para começar às 9h, desta quinta-feira, num clube social de Olho d’Água das Flores. O juiz Durval Mendonça Júnior comandará o julgamento, que terá o promotor Luiz Tenório como acusador e o advogado Roberto Marques como defensor dos dois supostos pistoleiros. Eles já atuaram em julgamento de acusados de crimes, em lados opostos. O principal acusado de ter mandado matar o vereador José Dória de Souza, fuzilado aos 71 anos e no exercício do quarto mandato, é o ex-vereador Milton Silva Roberto (PTB), que, na época do crime, era suplente e teria encomendado a morte da vítima para ficar no lugar dela, segundo investigação do MP, com base no inquérito policial. Milton só não será julgado nesta quinta porque entrou com ação contestando a decisão do juiz Durval Mendonça de submetê-lo a julgamento. “O Tribunal de Justiça é que decidirá se ele será ou não submetido a julgamento popular”, confirmou o juiz Durval Mendonça Júnior. No dia em que foi preso e no dia que teve seu mandado de vereador cassado, Milton Roberto negou participação no crime. “Não teria motivo algum para mandar matar o vereador”. O MP, no entanto, diz ter provas que derrubam a versão dele.

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