Pol�cia prende bando no Alto Sert�o de Alagoas
São José da Tapera - Oito pessoas acusadas de integrar uma quadrilha de roubo e estouro de veículos e pistolagem, com possível ramificação em Sergipe, foram presas ontem na Operação Alienígena, deflagrada em conjunto pelas polícias Civil, Rodoviária Fed
Por | Edição do dia 16/07/2010 - Matéria atualizada em 16/07/2010 às 00h00
São José da Tapera - Oito pessoas acusadas de integrar uma quadrilha de roubo e estouro de veículos e pistolagem, com possível ramificação em Sergipe, foram presas ontem na Operação Alienígena, deflagrada em conjunto pelas polícias Civil, Rodoviária Federal e Ministério Público Estadual (MPE). O nome da operação faz referência aos veículos alienados que foram apreendidos durante a ação policial. Cinco automóveis e cinco motocicletas, com queixa de roubo ou com suspeita de adulteração de chassis, foram apreendidos em São José da Tapera. Um dos presos é o estudante Maxwell Pinheiro Barros, 20, filho do cabo da Polícia Militar de Sergipe José Nilton Barros. O militar, que era um dos alvos principais da operação, estaria passando férias em São Paulo. Na casa do jovem foram apreendidas munições de vários calibres, inclusive de fuzil 7.62, de uso exclusivo das Forças Armadas. Também foram encontrados no local uma espingarda calibre 12 de cano serrado, cartelas de remédios abortivos e ainda vários equipamentos de uso exclusivo da Polícia Militar, como colete à prova de balas, algemas e coldres. Bando tinha grande quantidade de armas Outras sete pessoas também foram presas e encaminhadas, já no período da tarde de ontem, para a delegacia regional de Santana do Ipanema. Os veículos e armas apreendidos foram levados para Maceió. De acordo com o delegado Maurício Duarte, os detidos fazem parte de uma grande quadrilha, que age no Sertão e em Sergipe, responsável pelo roubo de carros, adulteração de chassis e falsificação de documentos de veículos, além do comércio de veículos alienados, conhecidos como pokemons ou carro de estouro. Há muito tempo vínhamos detectando a circulação de muitos carros roubados ou furtados, além de um intenso tráfico de armas e munições. Após as investigações do MPE, percebemos que se trata de uma organização criminosa. As pessoas que foram detidas trabalhavam articuladamente. É por isso que na maior parte das casas onde cumprimos os mandados judicias foram encontradas armas, declarou o delegado. |PB Grupo se chamava Amigos do Bem Apesar do cumprimento de todos os mandados de busca e apreensão, a polícia não conseguiu chegar ontem aos cabeças da quadrilha, o cabo José Nilton Barros, que seria responsável por facilitar a travessia dos veículos irregulares pela divisa entre Alagoas e Sergipe e ainda de financiar os demais membros da quadrilha, além de um homem, que teve a identidade mantida sob sigilo, que seria responsável pela falsificação de documentos. Conforme o promotor Luiz Tenório, a gangue se autodenomina Amigos do Bem, e além de cometer crimes de roubo, receptação fraudulenta e revenda ilegal de veículos, integrantes da quadrilha seriam responsáveis ainda pelo assassinato do sargento da Polícia Militar José Pedro, executado dentro de sua residência, em Pão de Açúcar, há pouco mais de um ano. O sargento foi eliminado porque saiu dessa organização criminosa e estava criando seu próprio grupo, com o objetivo de aumentar seus lucros, declarou Tenório. PB