Decis�o do TSE altera quadro de coliga��es partid�rias em Alagoas
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de vincular as coligações estaduais às coligações de presidente da República trará um imenso prejuízo ao PSB do governador Ronaldo Lessa, segundo avaliaram, ontem, deputados da Assembléia Legislativa. O part
Por | Edição do dia 28/02/2002 - Matéria atualizada em 28/02/2002 às 00h00
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de vincular as coligações estaduais às coligações de presidente da República trará um imenso prejuízo ao PSB do governador Ronaldo Lessa, segundo avaliaram, ontem, deputados da Assembléia Legislativa. O partido, que antes tinha a perspectiva de construir uma aliança com mais de seis partidos, incluindo o PMDB do senador Renan Calheiros e o PSDB do senador Teotonio Vilela, poderá ter ao seu lado apenas o PGT e o PL. O tempo dessa coligação no guia eleitoral, prevê os parlamentares, deve ficar em torno de um minuto. Por outro lado, o partido que mais deve ganhar com a decisão do TSE é o PTB. A legenda, que formalizou uma aliança com o PDT e o PPS, além de não sofrer ruptura na coligação, teve as chapas proporcionais (de deputado estadual e deputado federal) fortalecidas. O presidente regional do partido, deputado Antônio Albuquerque, admitiu essa vantagem ontem. Segundo ele, mesmo que a coligação com o PPS e o PDT não se mantenha, ainda assim os petebistas serão beneficiados. Para onde o partido for ele cresce, observou. Diante da nova situação política e eleitoral gerada pela decisão do TSE, os deputados avaliam que haverá até sete coligações partidárias em Alagoas, ao invés de quatro, como era previsto antes. Até agora, apenas duas (lideradas pelo PSB e PT) já têm candidato ao governo do Estado, que são Ronaldo Lessa e a senadora Heloísa Helena. Baseados nas possíveis coligações, os deputados também elaboraram uma relação com os prováveis eleitos para a Assembléia e a Câmara Federal, que circulou ontem no plenário do Legislativo. Nela, o partido que mais fará parlamentares é o PTB (veja quadro). O PT é um dos partidos pouco afetados pela decisão do TSE. Segundo seu presidente regional, deputado Paulo Fernando, a única legenda que formalizou coligação com os petistas até o momento foi o PCdoB. Os outros prováveis aliados para as eleições proporcionais em Alagoas eram PDT e PPS. Mas mesmo sem eles, o PT deve eleger dois deputados estaduais, mantendo a atual bancada da ALE. Nosso prejuízo será de estrutura, tempo de televisão e em relação à chapa de deputado federal, observa Paulão. Na avaliação do parlamentar, com o PPS e o PDT, o partido poderia fazer um representante na Câmara dos Deputados.