Criador do Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos (Siged) que foi abandonado pelo governo estadual em 2007, o empresário José Oriel Santana Rocha formalizou denúncia às esferas federal e estadual do Ministério Público contra a contratação de empresas para execução de serviços similares e já realizados anteriormente. Além disso, o sócio da empresa Oriel Tecnologia LTDA utilizou seu perfil do Facebook para acusar o governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) de dever mais de R$ 5 milhões à fundação Centro de Relações Públicas de Pernambuco (CRPP), por serviços realizados. Os indícios de má utilização dos recursos financeiros do Estado com o suposto objetivo de facilitar o trânsito de informações e de processos pelo meio digital já haviam sido denunciados pela Gazeta em reportagem publicada no dia 13 de outubro. Matéria que foi citada na representação de José Oriel ao Ministério Público Federal (MPF) e trata da previsão de investimentos de mais de R$ 12 milhões em “solução de gerenciamento de conteúdo corporativo”, até o fim do ano eleitoral de 2014, por meio do contrato Segesp nº 03/2013, firmado com a empresa Gendoc Sistemas e Empreendimentos LTDA pela Secretaria de Estado da Gestão Pública (Segesp). O item mais suspeito de tal contrato é a aquisição do “software de gestão lógica de documentos” que custou R$ 3,6 milhões, já liquidado entre julho e agosto. O valor é mais de dez vezes maior do que o investido na compra do Siged por R$ 312 mil, em 2005. Sistema disponível até hoje para todos os órgãos do Poder Executivo, com a mesma função do software comprado à Gendoc.