PFL deve romper hoje com governo do PSDB
Brasília O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE) afirmou, ontem, que o partido vai anunciar hoje o rompimento com o governo federal. Embora ressalvasse que a decisão final é da executiva nacional e do presidente do PFL, senador Jorge Bornhause
Por | Edição do dia 07/03/2002 - Matéria atualizada em 07/03/2002 às 00h00
Brasília O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE) afirmou, ontem, que o partido vai anunciar hoje o rompimento com o governo federal. Embora ressalvasse que a decisão final é da executiva nacional e do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, o deputado explicou que 100% da bancada do partido na Câmara é favorável ao afastamento. Vamos comunicar isto aos ministros do PFL amanhã (hoje), afirmou. Inocêncio fez o anúncio baseado nos contatos feitos ontem de manhã com as lideranças das bancadas nos Estados. Se ontem eram 99% a favor, agora são 100%, garantiu. Ele descartou a possibilidade de o partido recuar diante de qualquer gesto do governo, mesmo do presidente FHC. Nenhum gesto mais, a sorte está lançada, eu não vejo chance de recuo nas bancadas, disse. Antes de tomar a decisão final, a executiva nacional do PFL ainda ouvirá hoje pela manhã a opinião dos governadores e prefeitos de capitais. A reunião está marcada para as 10h, no Hotel Blue Tree Park, ao lado do Palácio da Alvorada. O vice-presidente, Marco Maciel (PFL-PE), também estará presente. Ele deve ser o único pefelista a continuar no governo. Reforma A reforma antecipada estaria condicionada à decisão de que será tomada pela Executiva do PFL de se manter ou não no governo. Como presidente da República, Fernando Henrique Cardoso tem o poder e o direito de tomar esta decisão a qualquer tempo, afirmou Virgílio sobre a reforma. A informação da suposta reforma ministerial teria sido divulgada ontem. O presidente teria feito a declaração antes de embarcar no Panamá de volta ao país. A Polícia Federal divulgou uma nota negando que FHC tenha recebido informação antecipada sobre a operação de busca e apreensão ocorrida no escritório da empresa Lunus na sexta-feira passada. A empresa pertence à governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e ao marido dela, Jorge Murad. O comunicado nega também que tenha sido enviado, via faz, um relatório da operação ao presidente pelas autoridades policiais.