Pauta de vota��o da ALE � obstru�da novamente pela bancada de oposi��o
A pequena bancada de oposição na Assembléia Legislativa conseguiu obstruir ontem, pela segunda vez, a votação de projetos do governo do Estado. Desta vez, a estratégia utilizada pelos oposicionistas foi retirar-se em bloco do plenário, para inviabilizar o
Por | Edição do dia 14/03/2002 - Matéria atualizada em 14/03/2002 às 00h00
A pequena bancada de oposição na Assembléia Legislativa conseguiu obstruir ontem, pela segunda vez, a votação de projetos do governo do Estado. Desta vez, a estratégia utilizada pelos oposicionistas foi retirar-se em bloco do plenário, para inviabilizar o quórum e encerrar a ordem do dia. Sem os 14 parlamentares necessários para dar seqüência às votações, o presidente da ALE, deputado Antônio Albuquerque (PTB), encerrou a sessão ordinária e transferiu para hoje a apreciação das matérias. A manobra para esvaziar o plenário foi articulada pelo deputado Rogério Teófilo (PFL). Além dele, saíram em bloco os deputados Paulo Fernando (PT), Lucila Toledo (PTB) e Paulo Nunes (PT). Um terceiro oposicionista, Délio Almeida (PTB), também iria reforçar o grupo, mas foi contido a tempo pelo presidente. Mesmo assim restaram apenas 13 parlamentares na sessão, um a menos do que é exigido para manter a ordem do dia. O líder do governo, deputado Demuriez Leão (PSB), criticou a manobra dos colegas, dizendo que eles não agiram com democracia. Democrático é ficar no plenário, discutir os projetos e votar a favor ou contra, declarou. A resposta foi dada na hora pelo deputado Paulo Nunes, que culpou a própria bancada governista pela falta de quórum no plenário. Quem tem a grande maioria nesta Casa é o governo. Porque os deputados dele não apareceram para votar os projetos? O esvaziamento do plenário aconteceu depois que os deputados aprovaram várias matérias de sua autoria. A maior parte concede título de cidadão honorário para algumas personalidades, a exemplo do cardiologista e ex-ministro da Saúde, Adib Jatene. Já os projetos do Executivo que tiveram votação adiada são o que incorpora quinquênios e licença-prêmio na aposentadoria dos militares, o que cria o Fundo de Desenvolvimento e Ações Culturais, e o que permite ao policial militar fazer boletim de ocorrência nas delegacias.