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Nº 5847
Política

SERVIDORES RECLAMAM DE PERDAS SALARIAS E DESVALORIZAÇÃO

Funcionalismo público estadual não vê motivos para celebrar o Dia do Servidor, comemorado na próxima segunda-feira, 28

Por Marcelo Amorim | Edição do dia 26/10/2019 - Matéria atualizada em 28/10/2019 às 15h35

O governador Renan Filho (MDB), desde que assumiu o comando do Estado, em 2015, indicou como áreas prioritárias a Segurança Pública, a Educação e a Saúde. Se tomado como base a valorização do servidor público estadual nestas áreas, assim como nas demais, a situação está mais para descaso. Perdas salariais, descumprimento de Plano de Cargos e Carreiras, falta de estrutura para o trabalho estão entre os problemas enfrentados pelas categorias. Neste 28 de outubro - Dia do Servidor Público - não há o que comemorar. E diante dos encaminhamentos e das políticas de governo adotadas pelo atual gestor do estado, esse quadro deve persistir pelos anos seguintes. O governador já deixou claro que agora em 2019 e nem em 2020 concederá nem mesmo a recomposição da inflação nos salários dos servidores, já bastante achatados e com poder de compra cada vez mais reduzido. A Lei Orçamentária Anual (LOA) enviada para apreciação na Assembleia Legislativa Estadual (ALE) não prevê reajuste para o funcionalismo. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo, os professores já acumulam perdas na gestão Renan Filho de 26% com relação à inflação, sem que o governo tenha acenado para qualquer entendimento. “O governador sequer senta com a gente para conversar e tentar resolver a questão. Não temos o que comemorar nesse Dia do Servidor. Será mais um momento para continuarmos na luta em busca de nossos direitos”, avalia a sindicalista. Na área da Segurança Pública, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) realizou mais um ato de protesto, nessa última semana, em meio a tantos já promovidos durante a atual gestão estadual. Segundo o presidente da entidade, Ricardo Nazário, eles também acumulam perdas recentes de 16% e lutam por isonomia salarial e melhores condições de trabalho há anos, sem que tenham obtido até agora algum avanço. A constatação é a mesma que outras categorias: a de que o governo dá de costas para os servidores. “O governo tem muita falácia, diz que a área da segurança está bem servida, mas não é verdade", dispara o diretor do Sindpol, Sidney Moreira. Ele atua na Polícia Civil há 27 anos e confessa sentir que a situação somente piora para a corporação. Além de reajuste salarial - o piso da categoria não é revisto desde 2017 - os agentes querem ter direito à periculosidade, cobram realização de concurso público e abertura de delegacias pelo período de 24 horas. Na área da Saúde, nem mesmo categorias consideradas “importantes” como a dos médicos têm ficado de fora do tratamento do governo concedido ao funcionalismo público.

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