A Justiça Eleitoral vai gastar R$ 6,5 milhões com as eleições deste ano, cujo orçamento - que envolve os gastos previstos para os primeiro e segundo turnos - já foi aprovado pelo TRE e enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para liberação dos recursos. Os gastos com a eleição de 2000 no Estado chegaram a R$ 3,5 milhões, mas o diretor-geral do TRE, Edney dos Anjos, esclarece que o pleito passado foi bem mais simples e com segundo turno apenas na Capital. “Este ano temos eleições gerais e segundo turno em todo o Estado, o que exigirá mais gente e recursos’’, explica. Os valores foram obtidos a partir de levantamentos sobre os custos com material permanente e de consumo, pessoal (diárias e horas extras) e serviços terceirizados, dentre outras despesas. Pelas contas do diretor- geral do TRE, a Justiça Eleitoral vai mobilizar este ano uma equipe de 350 servidores – diretamente envolvidas no processo – e mais 1.400 pessoas terceirizadas. Edney dos Anjos lembra que o próximo pleito, apesar do voto eletrônico – será bem mais demorado que a eleição passada, porque o eleitor terá de digitar os números de seis candidatos, cuja ordem é: deputado federal, deputado estadual, senador-1, senador-2, governador e presidente da República. Campanha O Tribunal Regional Eleitoral também vai promover uma campanha para ensinar o eleitor a votar e reduzir a margem de erros e votos nulos na próxima eleição. Mesmo sendo um processo simples, muitos eleitores terão dificuldades para digitar os números de todos os candidatos, sobretudo no Interior, onde é grande o índice de analfabetismo. Por isso, o TRE vai mobilizar uma equipe de 164 pessoas nessa campanha, que começará no início de abril e se estenderá até o dia 6 de setembro em todo o Estado. “Onde houver um povoado, uma escola, feira livre, mercado público e outros locais de concentração popular, nós estaremos lá orientando os eleitores e mostrando como votar sem risco de anular o voto’’, informa Edney dos Anjos. Ele explica que o trabalho será realizado de forma bem didática, para que o eleitor na hora de votar já tenha adquirido intimidade com o computador. Sem essa providência, Alagoas correria o risco de ter uma eleição com o maior índice de votos nulos ou brancos por causa do baixo grau de escolaridade de sua população. Paralelamente, o Tribunal Regional Eleitoral vai realizar, a partir do próximo mês, uma série de reuniões para apresentar aos juízes, promotores e chefes de zonas eleitorais o planejamento geral das eleições deste ano e as medidas que estão em curso’’. Todo este esforço visa à transparência e a agilidade do próximo pleito eleitoral, como determina a Constituição’’, garante o desembargador Jairon Maia Fernandes, presidente do TRE.