Lula formaliza convoca��o extra do Congresso
Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem a convocação extraordinária do Congresso durante o recesso em julho, com o objetivo de avançar na tramitação das reformas da Previdência e tributária, evitando a desmobilização dos parlamen
Por | Edição do dia 26/06/2003 - Matéria atualizada em 26/06/2003 às 00h00
Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem a convocação extraordinária do Congresso durante o recesso em julho, com o objetivo de avançar na tramitação das reformas da Previdência e tributária, evitando a desmobilização dos parlamentares durante o mês de folga. O trabalho extra custará cerca de R$ 30 milhões aos cofres públicos. Deputados e senadores receberão dois salários a mais em julho, totalizando vencimentos brutos de R$ 38.100,00 no mês. Acho que todos os senadores e deputados e toda a sociedade brasileira têm clareza da importância e da urgência com que o Brasil espera que nós façamos as reformas e que, ao mesmo tempo, votemos os projetos de lei de interesse da sociedade, disse, em pronunciamento ao lado dos presidentes do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), no Palácio do Planalto. Até segunda-feira, Lula deverá encaminhar ao Legislativo a pauta de votação, a ser definida em conjunto com Sarney, Cunha e os líderes. A pedido do presidente do Congresso, os parlamentares analisarão também no recesso a reforma do Judiciário. Outros itens são projetos na área de segurança pública e o Estatuto do Idoso, segundo o chefe da Casa Civil, José Dirceu. Aquilo que é urgente, relevante e necessário para o País estará na pauta, disse Dirceu. Sarney defendeu pressa na tramitação das reformas. É para vencermos o tempo, apressarmos e não perdermos um minuto para a aprovação dessas reformas que reputamos tão essenciais e que há tanto tempo o País deseja que sejam realizadas, disse. O presidente da Câmara reforçou. Não há tempo a perder. O povo cobra pressa e nós vamos trabalhar com pressa. Sem cometer, evidentemente, qualquer injustiça. Na mesma linha, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que o País não pode parar um mês. Não podemos perder mais tempo e temos de permitir que este País volte a crescer e gerar empregos, afirmou. O presidente da República destacou a importância de a Câmara, onde as propostas tramitam, primeiramente, não perder um mês de trabalho - no Senado, não haverá nem de longe o mesmo volume de serviço.