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Nº 5868
Política Marcelo Victor cumprimenta novo reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, ao lado de Marcelo Beltrão

MARCELO VICTOR DEFENDE DIÁLOGO ENTRE UNIVERSIDADES E MEC

Governador em exercício afirma, durante posse do novo reitor da Ufal, que é preciso “acabar com as querelas miúdas” na educação

Por Da editoria de Política | Edição do dia 30/01/2020 - Matéria atualizada em 30/01/2020 às 06h00

O reitor Josealdo Tonholo assumiu formalmente os destinos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) na tarde de ontem, em uma solenidade concorrida no auditório da reitoria, no Campus A.C. Simões. Com ampla representação da comunidade acadêmica, o evento foi prestigiado pelo governador em exercício e presidente da Assembleia Legislativa Estadual (ALE), deputado Marcelo Victor (Solidariedade), que declarou que é necessário reabrir o canal de conversação entre a as universidades e o Ministério da Educação (MEC). “É preciso diálogo entre as universidades e o ministro da Educação, para acabar com as querelas miúdas e oferecer uma educação de qualidade, principalmente para a população mais carente”, disse o governador em exercício. Além de Marcelo Victor, também marcaram presença na posse a secretária municipal de Educação e reitora honorária, Ana Dayse Dórea, que representou o prefeito Rui Palmeira (PSDB) na ocasião. O governador em exercício disse ainda que entende a importância da Ufal para Alagoas, “não só por desenvolver a cultura e o conhecimento, mas também pela injeção de capital na nossa economia”. Marcelo Victor também destacou a responsabilidade que o reitor Josealdo Tonholo assume agora, passando a liderar um grande movimento em defesa do fortalecimento da universidade pública, autônoma e gratuita, lembrando ainda os 59 anos da Ufal, comemorados no último dia 25 de janeiro. Ele aproveitou para desejar uma gestão “profícua e transformadora, assim como deve ser a ação educativa na sociedade”, garantindo ainda todo apoio e solidariedade da Assembleia Legislativa Estadual.

‘COM O PÉ DIREITO’

Antes da solenidade, assim que chegou à Ufal, Tonholo, bem humorado, divulgou um vídeo nas redes sociais onde entrava com o pé direito na reitoria, ao lado de muitos integrantes de sua futura equipe. “Entramos aqui acompanhados e com quatro pés direitos, um para cada ano. Vão ser anos de muito desafio. Quando nos colocamos à disposição enquanto grupo e time para trabalhar, sabíamos o que íamos encontrar e o que íamos fazer. Isso é mais um item que a gente construiu e planejou com toda a maestria, com toda a dedicação e carinho que nossa universidade merece e a população alagoana. Chegou a hora de trabalhar. Acabou a eleição e os dramas existenciais da posse. Agora é matar um leão por dia e assustar as hienas à noite. O tempo todo com muita dedicação. Somos responsáveis por fazer os sonhos acontecerem”, disse Tonholo. A primeira semana de trabalho será marcada pelo levantamento dos números que envolvem as despesas e, principalmente, o que terá a receber para garantir investimentos nos próximos anos. Os projetos acadêmicos e interação com a sociedade por meio de ações externas também devem pautar as primeiras ações para apresentar e conhecer novas demandas sociais. Durante o discurso de elogio à gestão da ex-reitora Valeria Correia, foi lembrado que ela sofreu campanhas de difamação e até mesmo o pedido de prisão movido por meio da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal). Também foram lembrados os cortes de orçamento e dificuldades para a contratação de pessoal. “Foi uma grande honra dirigir a Universidade Federal de Alagoas. Expresso minha gratidão à comunidade universitária e a sociedade alagoana. Destaco a obtenção do conceito 4 do índice geral de cursos, meta que deveria ser alcançada até 2023, mas de todas as avaliações positivas o título de universidade em que as estudantes menos desistem de seus cursos”, disse a ex-reitora. A ex-gestora da Ufal também agradeceu o empenho político da bancada federal, que garantiu recursos para a construção da UTI Pediátrica do Hospital Universitário (HU). No campo político lembrou o impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff, que segundo ela marcou um período de opressão, inclusive, para o meio acadêmico. Criticou as narrativas do “novo governo”, que criminaliza as gestões universitárias, além dos cortes de 30% no orçamento das universidades. “As universidades foram eleitas pelo MEC como inimigas quando as acusa de locais de produção de maconha e metanfetamina”, lembrou Valéria Correia. Além do reitor também foram empossados a vice-reitora Eliane Holanda Cavalcanti e os pró-reitores Amauri da Silva Barros (PROGRAD), Alexandre Lima Marques (PROEST), Clayton Santos (PROEX), Iranildes Assunção (PROPEP), Renato Miranda (PROGINST) e Wellington da Silva Pereira (PROGEP).

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