Chegou ao fim o ‘casamento’ do prefeito Rui Palmeira e o PSDB. Na sexta-feira, ele protocolou, em Brasília (DF), sua desfiliação após 13 anos de convivência dentro da legenda, que em Alagoas é comandada pelo senador Rodrigo Cunha (PSDB). O motivo da ruptura é o fato de o partido não cumprir uma resolução do ano passado para a indicação de um candidato próprio para a disputa municipal, em Maceió. Conforme a Gazetaweb havia divulgado, há três semanas, Rui Palmeira havia cobrado uma definição da Direção Nacional do PSDB. Tudo porque, nos bastidores da política alagoana, já era dado como certo o apoio ao deputado federal João Henrique Caldas (PSB). O acordo para isso, entretanto, teria nascido há dois anos, de forma silenciosa, quando a mãe dele, Eudócia Caldas, foi indicada para ser a primeira suplente de Rodrigo Cunha na composição da chapa para o Senado.
Antes de recorrer à Brasília, Rui Palmeira, em entrevista à Gazeta de Alagoas, havia confirmado uma conversa com o senador Rodrigo Cunha - à época, ele não deu detalhes da posição do senador tucano. Agora, sem partido, Rui tem a missão de tentar articular seu grupo político formado por duas fortes legendas: o Podemos, comandado pelo superintendente municipal de Iluminação Pública, Tácio Melo, e o DEM, dirigido pelo secretário municipal de Saúde, Thomaz Nonô. Ambos aguardam Rui de “braços abertos”, principalmente depois que ele confirmou que pretende disputar a eleição para o governo do Estado, em 2022. Resta saber se Rui vai continuar insistindo na ideia de indicar o nome do sucessor, ou sustentar o que já se especula, que é o apoio ao procurador-geral de Justiça.