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Nº 5897
Política Na semana passada, o governo federal reconheceu 42 cidades de AL em situação de seca

MUNICÍPIOS AINDA AGUARDAM INÍCIO DA DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

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Por Marcelo Amorim | Edição do dia 04/03/2020 - Matéria atualizada em 04/03/2020 às 06h00

A Secretaria Nacional de Proteção de Defesa Civil reconheceu situação de emergência em decorrência da estiagem em 42 municípios de Alagoas. A ação revela a falta de ação do governo do Estado e de estrutura da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) para atender localidades abastecidas pela empresa e que estão, inclusive, às margens do rio São Francisco, como é o caso de Traipu. Todos os municípios que sofrem com seca estão localizados nas regiões Agreste e Sertão de Alagoas.

Até Arapiraca, segunda maior cidade de Alagoas, faz parte da relação dos municípios afetados com situação de emergência reconhecida em portaria assinada no último dia 21 de fevereiro pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, que tomou como base Decreto nº 68.824, de 13 de janeiro de 2020, do governo de Alagoas.

Com o reconhecimento pelo órgão federal, deve ser mantida para as 42 localidades as operações Pipa, executada pelo Exército, e “Água é Vida”, realizada pela Defesa Civil Estadual. De acordo com a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), os recursos para as ações são estimados em R$ 10,8 milhões e a distribuição de água por meio de carro-pipa deve beneficiar 300 mil pessoas - cerca de 20 litros por dia para cada pessoa. Conforme destaca a entidade, cada caminhão deve transportar entre 2 a 3 mil litros do líquido, parte dele destinado também ao consumo animal. No início do ano, a presidente da AMA, prefeita de Campo Alegre, Pauline Pereira, chegou a se reunir com o coordenador estadual da Defesa Civil, tenente-coronel Moisés Pereira de Melo e, na ocasião, ela cobrou o início da operação para antes do Carnaval, mas dependia do reconhecimento federal. Com a liberação, o início da operação Água é Vida depende agora do órgão estadual. “Este ano, haverá um grande monitoramento da operação, onde os carros, inspecionados, serão fiscalizados pela Vigilância Sanitária, para verificar qualidade e local de captação da água”, comunicou a AMA.

Ainda conforme a entidade, no final do mês de janeiro, com base no monitor das secas de novembro e dezembro de 2019 do governo federal, as cidades de Arapiraca, Belém, Coité do Noia, Igaci, Lagoa da Canoa, Paulo Jacinto, Quebrangulo e Tanque D´Arca, todas no Agreste, constavam na classificação “Seca Fraca”. Após a emissão de relatórios emitidos por técnicos municipais, que revelaram a ocorrência de danos humanos com pessoas desabastecidas, devido a estiagem, as localidades entraram na relação de situação de emergência.

Na lista ainda constam os municípios de Piranhas e Pão de Açúcar, também às margens do rio São Francisco, no Sertão, além de Poço das Trincheiras, Palestina, Ouro Branco, Santana do Ipanema, Jacaré dos Homens, Olho D´Água do Casado, entre outros. “Agora, com o reconhecimento do governo federal, já estamos em contato novamente com a Defesa Civil [estadual], cobrando a execução do programa”, pontuou Pauline Pereira.

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