Enquanto os holofotes da sucessão municipal se voltavam para o acordo entre o PSDB e MDB para a pré-candidatura do ex-procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça (sem partido), o deputado estadual Davi Davino Filho (PP) continuou firme na articulação de seu nome para o pleito municipal. A costura política deu certo e já produz resultados práticos. Agora, o seu grupo vai contar com o apoio e peso do PSL, que vai indicar um nome a vice. Outros dois partidos da base aliada do presidente Bolsonaro, o Avante e o Solidariedade, também fazem parte do grupo. O presidente do diretório do PSL, Flávio Moreno, confirmou o apoio da sigla ao nome de Davi Davino, destacando que a eventual candidatura do Cabo Bebeto - como chegou a ser anunciada há meses como o nome do partido para a sucessão -, caiu por terra após lideranças nacionais do partido racharem com Bolsonaro. “A articulação política é como nuvem, se movendo a cada dia. Lá, no início do ano passado, antes da cisão que fez o presidente Bolsonaro sair da legenda, o deputado estadual Cabo Bebeto chegou a estar no foco do partido para a disputa municipal de Maceió. Depois, teve a questão da construção do Aliança Pelo Brasil e aí o Diretório Nacional do PSL passou a ter outra possibilidade, a exemplo do ex-candidato ao governo do Estado, o engenheiro Josan Leite, como também o nosso nome”, explicou Flávio Moreno. O PSL chega com força ao processo, tanto que vai compor a chapa com um nome de peso. A única coisa que pode ser revelada até o momento é que não será o empresário Leonardo Dias, do Movimento Brasil, mas, sim, um vereador com mandato que ainda não pode ter o seu nome revelado, segundo adiantou Flávio Moreno. Antes de chegar a esse momento de definição atual, a dinâmica do processo incluiu até uma aproximação com Alfredo Gaspar. Porém, por conta de sua relação estreita com o Palácio República dos Palmares, as conversas não evoluíram. Moreno revelou que a legenda não descartou nem mesmo o apoio ao deputado federal João Henrique Caldas (PSB). Os acenos também não prosperaram e o PSL redirecionou o seu posicionamento. “Mas, agora, o apoio se consolidou em torno dos partidos que compõem a base nacional de apoio ao presidente, o que é um processo natural para nós. Isso vai nos deixar mais à vontade e livres para a composição da chapa proporcional, que terá 30 nomes, entre homens e mulheres, da qual acreditamos na possibilidade da eleição de três nomes para a Câmara”, acrescentou ele. Com o novo cenário, até Flávio Moreno vai para a disputa, pois, conforme antecipou, essa é a orientação do partido, já que o maior compromisso da legenda é garantir a renovação dos cargos políticos em todo o País.