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Nº 5897
Política Deputado JHC foi o primeiro a denunciar o vídeo por meio do Twitter

DEPUTADOS ACIONAM A POLÍCIA APÓS VÍDEO CIRCULAR NO WHATSAPP

Davi Maia e JHC suspeitam que serviço de disparos de mensagens é o mesmo do governo do Estado

Por thiago gomes | Edição do dia 15/05/2020 - Matéria atualizada em 15/05/2020 às 06h00

/Davi Maia pediu a Mesa Diretora da Assembleia que acione a Polícia Civil
/Deputado JHC foi o primeiro a denunciar o vídeo por meio do Twitter

Dois deputados alagoanos decidiram procurar a polícia após serem informados de ‘disparos’ em massa, no WhatsApp, contendo vídeos em que eles são classificados como os que mais lucraram na pandemia de coronavírus em Alagoas. JHC (PSB) e Davi Maia (DEM) disseram que foram surpreendidos com as mensagens e desconfiam que os autores sejam robôs contratados apenas para esta finalidade, sendo, inclusive, os mesmos que, dias antes, espalharam gravações com publicidade do governo do Estado.

O próprio deputado federal usou as redes sociais para denunciar a situação e comunicar que estava acionando a Polícia Federal (PF) no sentido de identificar a autoria. “Parece que a mesma empresa que faz disparos em massa no WhatsApp para o @GovernoAlagoas faz disparos difamatórios contra mim e quem se opõe. Deve ser só coincidência, mas vou ver o que a @policiafederal”, escreveu. À Gazetaweb, JHC revelou que desconfiou de cara ao perceber que este tipo de conteúdo geralmente circula entre pessoas e grupos na rede e de uma maneira ‘orquestrada e de forma disparada’ para atingir o maior número de pessoas. “Esse foi o caso, pois o número de telefone que encaminhou não fazia parte dos contatos de quem havia recebido”, explica. Ele diz que, na semana passada, recebeu ‘prints’ de pessoas que haviam recebido, também pelo WhatsApp, mensagens consideradas institucionais pelo governo. A peça era um vídeo dizendo que “Não era momento de fazer política e, sim, de ouvir médicos especialistas”. Ele achou estranho porque, no mesmo período, usou as redes sociais para cobrar mais transparência nos gastos do governo de Alagoas durante a pandemia. “Ao comparar o disparo de ontem com o da semana passada, estava clara a ligação: a foto do perfil foi a mesma utilizada em ambas situações. Uma, para falar bem do governo, e a outra para me difamar. Os números são todos de estados diferentes e a foto se repete. E não para por aí: a mesma imagem está presente no Twitter e se intitula como ‘alagoana’, mas o que essa ‘pessoa’ não falou é que a foto dela é utilizada por banco de imagens do Google. É só acessar pelo Google Lens para confirmar o que estou dizendo”. O deputado informa que acionou a Procuradoria Parlamentar da Câmara, em Brasília, para obter as informações com o WhatsApp e Twitter sobre as contas das quais partiram os ‘disparos’ e confirmou que, nesta quinta-feira (14), iria procurar a Polícia Federal para que se investigue quem financia o que ele considera ser uma “rede de disparos clandestinos”. “É uma rede que, de um lado faz proselitismo das ações do governo do Estado, e, do outro, ataca seus opositores”.

Já o deputado estadual Davi Maia comunicou que vai solicitar, à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALE), que envie ofício à Delegacia Geral da Polícia Civil cobrando investigação dos fatos a partir da Delegacia de Crimes Cibernéticos. “Está claro que este vídeo tem uma conotação política. Todos os que foram colocados ali são pessoas que criticaram ou criticam o governo do Estado”, avalia.

Na gravação, também são citados o presidente do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), Fernando Pedrosa, o empresário Bruno Marzullo e os seguidores do presidente Jair Bolsonaro. Todos são taxados de pessoas que mais se aproveitaram da pandemia para autopromoção.

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