app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5897
Política Alvo das invasões em alguns municípios pelo país, os hospitais de campanha devem ter segurança ampliada

INVASÃO A HOSPITAIS BRASIL AFORA SOA ALERTA EM ALAGOAS

Secretaria Estadual de Saúde garante que prática fomentada pelo presidente Bolsonaro será repreendida nas unidades do estado

Por KELMENN FREITAS - EDITOR DE POLÍTICA | Edição do dia 16/06/2020 - Matéria atualizada em 16/06/2020 às 06h00

As invasões a hospitais para checagem da ocupação de leitos ocupados por pacientes da Covid-19, como chegou a defender o presidente Jair Bolsonaro na semana passada, não deve encontrar eco em Alagoas. Pelo menos é o que garante o secretário estadual de Saúde, Alexandre Ayres, ao ser questionado pela Gazeta durante a Live diária sobre os números da pandemia no estado. Segundo ele, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) vai seguir tratando a ocupação de leitos hospitalares em Alagoas com transparência. Uma das justificativas do presidente Jair Bolsonaro para incentivar as pessoas a invadirem hospitais durante a pandemia foi justamente, segundo ele, a falta de transparência nos dados sobre número de infectados pela Covid-19 nos estados. Na visão do presidente, os governadores estariam “inflando” os números de doentes para conseguirem mais recursos da União. “[Se] Tem hospital de campanha perto de você, hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso e mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não. Se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda”, disse Bolsonaro na sua live semanal nas redes sociais. “A autoridade sanitária aqui em Alagoas é o secretário estadual de Saúde. Nós iremos atuar com transparência. Tem áreas nos hospitais de campanha que são proibidos os acessos, que não é permitida a entrada de pessoas não autorizadas. Nós não iremos permitir isso [a invasão] aqui em Alagoas, para não colocar em risco visitantes, pacientes e profissionais de saúde”, avisa Alexandre Ayres. “Vamos continuar sim com esse trabalho de transparência, recebendo deputados, promotores, procuradores, vereadores, Conselho Estadual de Saúde, todos que tenham interesse em conhecer a estrutura dos hospitais. Mas, nas estruturas de alto contágio, o acesso é proibido”, completa o secretário estadual de Saúde. O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu em ofício enviado às unidades do Ministério Público nos estados que sejam investigadas as tentativas de invasão a hospitais durante a pandemia do novo coronavírus. Aras decidiu enviar ofícios à chefia dos Ministérios Públicos estaduais de São Paulo e do Distrito Federal. O ofício enviado pelo procurador-geral equivale a um pedido para que os casos sejam apurados, e não à determinação de abertura imediata de investigações. A decisão sobre apurar os casos caberá aos ramos estaduais do Ministério Público. No ofício aos estados, Aras não menciona a fala do presidente e também não informa se as declarações de Bolsonaro serão investigadas. O procurador-geral cita nos pedidos de investigação episódios ocorridos nesses dois estados. No documento, Aras afirma ter havido “em variados locais do país, episódios de ameaças e agressões a profissionais de saúde”.

Mais matérias
desta edição