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quarta-feira, 30/04/2025 | Ano | Nº 5956
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LADRÕES SAQUEIAM IMÓVEIS E ASSUSTAM POPULAÇÃO

No Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro, ataques ocorrem há mais de um ano e criminosos desafiam a estrutura de segurança

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Imóveis desocupados pelas famílias nos quatro bairros vêm sendo depenados pelos criminosos há mais de um ano
Imóveis desocupados pelas famílias nos quatro bairros vêm sendo depenados pelos criminosos há mais de um ano -

A maioria dos imóveis vazios nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto foi arrombada. Portas, janelas, pias, portões, telhas, madeiras e outros utensílios, roubados. Os ataques ocorrem há mais de um ano. Nas ruas, os criminosos desafiam a própria estrutura de segurança. Recentemente, assaltantes renderam dois seguranças da Braskem, levaram a chave do carro e bens dos seguranças, revelou o presidente do Movimento S.O.S. Pinheiro, Geraldo Vasconcelos, ao revelar o clima de insegurança em ruas dos quatro bairros. Os ataques dos ladrões não param, desabafam os moradores dos quatro bairros afetados. “Se a casa ficar vazia, quando a gente chegar só restará as paredes”, desabafou uma das moradoras de Bebedouro que pede para não identificar nem a localização do imóvel. O morador Zoroastro Medeiros explicou que além do drama social de ter que deixar os imóveis onde viveram e construíram famílias, ele e os vizinhos ainda se deparam com a violência. “Os saques nos imóveis vazios, os assaltos e furtos aumentam os nossos problemas psicológicos. A insegurança é geral”.

INDÚSTRIA

Em abril, a Braskem implantou programa de segurança patrimonial no bairro do Pinheiro e em grandes equipamentos localizados no mapa de desocupação. As ações foram desenvolvidas a partir do acordo e não suprem a segurança pública que é exclusiva do Estado e Município. Uma equipe profissional de vigilância fiscaliza e encaminha questões como arrombamentos, invasões e vandalismo, registra as necessidades de controle de pragas ou ajustes na infraestrutura dos imóveis, como vazamentos de água e tamponamento. A fiscalização comunitária também está em andamento nos bairros. O morador que constatar qualquer situação que gere insegurança poderá entrar em contato com a empresa no telefone 0800 006 3029. Já a Secretaria de Segurança Pública informa que “estamos realizando policiamento e outras ações nestas regiões desde o início dos problemas. Nossos policiais são orientados a atuar para monitorar, saturar as áreas e atuar de forma a combater as ações criminosas”. Sugere que as famílias acionem o Disque denúncia (181) sem precisar se identificar.

SOLO EM MOVIMENTO

Os técnicos da Defesa Civil Nacional, de Maceió e do Serviço Geológico do Brasil (antiga CPRM) ao divulgar o novo mapa de risco nas áreas afetadas pela mineração informam que a terra está se movimentando. Portanto, deve aumentar a extensão do perigo. Isto quer dizer que além dos 4.5 mil imóveis, das mais 1.914 unidades habitacionais que precisam ser desocupados, outros podem ser incluídos para desocupação. Nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro já é possível observar novas rachaduras em casas, muros e ruas de locais próximo das áreas de risco do novo mapa da Defesa Civil de Maceió. A preocupação é que os danos cheguem até a Avenida Fernandes Lima, a principal via de ligação da cidade com os bairros da parte alta. Até agora isto não foi confirmado. “Continuamos monitorando o movimento geológicos nos quatro bairros”, disse o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Dinário Lemos.

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