“O Projeto Pratagy precisa ser concluído como foi pensado, com a barragem de acumulação”, recomenda o consultor e um dos fundadores da Casal, engenheiro e professor Abel Tenório. Ele criticou a retirada da água do rio sem a barragem. “Este processo não é recomendável porque retiram menos da metade da capacidade do manancial. É preciso ter a barragem para que o sistema cumpra o planejamento”. A retirada da água para a estação de tratamento ocorre com sistemas de bombas. Dissertações e pesquisas de graduação e de mestrado das universidades federais de Alagoas e de Pernambuco também recomendam a preservação do rio, dos afluentes e da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratagy. O professor Abel sugere ainda controle e fiscalização. Lembrou que ao longo do rio tem uma pequena barragem para atender parcialmente a parte alta da cidade e uma indústria de açúcar, próximo ao município de Messias. Ele participou do início da construção da barragem. Com a paralisação da obra, saiu do projeto. O consultor da Casal explicou que foi planejado aproveitar outro manancial, o do rio Saúde, no litoral norte. “O manancial é maior que o do Pratagy e tem melhores condições. Fizeram o projeto que previa atender o consumo de Maceió. Mas não foi adiante”. Outro projeto que se pensou foi o da barragem do rio dos Remédios, que atende o Polo Multifabril de Marechal Deodoro. Abel também participou do projeto e da construção do Polo. Porém, a barragem prevista para atender a zona sul da cidade não evoluiu. A Casal o considerou inviável e o rio dos Remédios deverá compor abastecimento de municípios próximos do Polo.