Mais uma vez as mulheres serão decisivas no pleito eleitoral do país. Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), elas são 77.648.569 (52,3%) a mais que os 70.228.457 (47,48%). Em Alagoas, dos 2,2 milhões de eleitores aptos a votar, elas são 1.182.758 (53,3%), enquanto eles somam 1.036.590 (46,7%). Em relação ao número total o aumento, comparando-se o pleito de 2018, foi de 1,43%. Já em relação ao de 2014 o aumento foi de 3,39% ou 72.798 eleitores. Segundo a porta-voz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), jornalista Flávia Gomes de Barros, a cada pleito o aumento é previsível, tanto em relação ao gênero quanto aos números globais. E, por conta disso, as previsões do órgãos, quase sempre ficam acima do esperado para que não haja problemas na distribuição de equipamentos. “O aumento é previsível e pequeno em relação ao montante de equipamentos que temos que ter aptos para serem usados. A cada eleição temos uma média de quanto será a alteração e por isso conseguimos garantir sempre um número um pouco acima o que faz com a logística, mesmo ampliada, não seja tão complexa”, explicou Flávia.
Quanto ao número de mulheres no pleito, isso já vem ocorrendo há algumas eleições, numa prova de que a participação feminina pode ser decisiva para a votação. Entretanto, ela destaca que como desde 2018 também foi permitido o uso de nome social para o eleitor homo, trans ou cis, para este pleito 128 fizeram essa declaração durante o cadastramento.
“Para nós isso não representa nenhuma surpresa porque é previso em lei desde o último pleito e só mostra que a democracia é para todos e todas. Assim tanto podem votar como entrarem na disputa sem nenhuma distinção. Há muito a Justiça Eleitoral já garante direitos, um exemplo são eleitores deficientes. Para este pleito, por exemplo, 12.495 informaram possuir alguma deficiência física. Um detalhe é que mesmo assim, ainda este mês eles podem pedir para votar em sessões especiais. O TRE faz uma transferência temporária desse eleitor. Muitos já o fizeram quando se cadastraram pediram acessibilidade para sessões térreas, por exemplo”, lembrou Flávia.
OUTROS
Ainda de acordo com o perfil do eleitorado alagoano, quanto ao estado civil 65,5% se declaram solteiros, outros 29,5% casados, 2,12% viúvos, 2,26% divorciados e menos de 1%, apenas 0,64% informaram está separados judicialmente. A idade dos alagoanos também foi divulgada. Para uma eleição onde pessoas que estão no grupo de risco podem ficar ausentes, acaba sendo um dado estatístico que pode ser trabalhado pelas coligações. Isto porque em conformidade com a lei, quem tem acima de 70 anos não é obrigado a votar. Com esse perfil os números revelam que 6,41% estão nesta condição.
Conforme os números, se dividem assim: 607 entre 95 e 99 anos (0,03%), 2.498 entre 90 e 94 anos (0,11%), 8.171 entre 85 e 89 anos (0,37%), 21.163 entre 80 a 84 anos (0,95%), 40.082 entre 75 a 79 anos (1,90%) e 67.781 entre 70 e 74 anos (3,05%).
Sendo assim, é possível que muitos marqueteiros orientem os candidatos a focar o discurso e usar elementos para atrair o eleitor jovem, entre 16 e 18 anos, que mesmo aptos não são obrigados a votar. Neste pleito representam 57.910 (2,6%), enquanto a maior parte 254.262 eleitores (11,46%) têm entre 30 e 34 anos. Na prática também podem figurar entre as pessoas que podem se abster de votar temendo as aglomerações. Isto porque, independente, de estarem ou não no grupo de risco, não significa que não se contagiem pelo Covid-19. Logo, merecem atenção quanto qualquer outro grupo etário.