Falta pouco para o maceioense saber quem são os candidatos a prefeito de Maceió. A última semana foi agitada para a definição de chapas e alianças majoritárias. Mas ainda assim, o que já foi conversado até aqui, “no balanço das horas tudo pode mudar”. Isto porque de 31 de agosto a 16 de setembro, os partidos podem realizar suas convenções e novos rumos a serem tomados. Nem o líder nas pesquisas na última fotografia do momento, deputado federal e pré-candidato João Henrique Caldas (PSB), escapou de um desentendimento em sua base. O PSDB ameaçou uma revoada ao anunciar processo para escolha de candidatura própria. Coube ao senador Rodrigo Cunha (PSDB), pivô da aproximação com o PSB, entrar em cena nos bastidores para dissuadir a presidente do Diretório Municipal, a deputada federal Thereza Nelma (PSDB). Depois da conversa, uma das possibilidades é o partido indicar o vice ou uma vice. A saída seria caseira, entre as pré-candidatas a vereadora. Como o “martelo” não foi batido, nada impede que o DEM, na prorrogação das negociações, possa emplacar o deputado estadual Davi Maia como vice. A possibilidade é remota, mas não pode ser descartada. Se não vingar, o próprio parlamentar tem um “plano B” para sua participação na campanha. Disse que se o DEM não marchar com JHC, se desliga da legenda e fará campanha para ele por acreditar que apresenta o melhor projeto para Maceió. De acordo com o professor e pesquisador Marcelo Bastos, JHC - por ter figurado à frente de duas pesquisas de intenção de votos - “sem dúvidas é o pré-candidato mais procurado”. Se vencer a eleição e tiver uma boa avaliação, “pode sair candidato”, supostamente ao governo ou Senado “e quem tiver sido escolhido seu vice terá mais dois anos de mandato”, lembrou Marcelo.
NA FRENTE
O ex-procurador-geral de Justiça, que figura em segundo em pesquisas já divulgadas, saiu na frente na busca por votos nas redes sociais e, também na definição do vice. Gaspar, por força de aliança, terá ao seu lado Tácio Melo (PODEMOS), indicado por Rui. Tácio, porém, para Marcelo Bastos, pode não agregar votos, uma vez que não exerceu nenhum mandato eletivo. Conforme lembra, foi um técnico dentro da gestão tendo circulado por três secretarias em oito anos de mandato. “É um vice que está chegando, mas que tem dificuldade de ser aceito pelo MDB. Ele não vai agregar voto porque nunca foi vereador e nem outro mandato. Se fosse para melhorar questão da performance de Gaspar, é bom um vice ser alguém que agregue votos”, definiu Bastos. Outra questão lembrada por Marcelo é consequência da posição contundente de Tácio contra o senador Renan Calheiros (MDB), no passado, quando “fez festa” diante de seu apartamento quando da reeleição de Rui. O fato tem sido lembrado por meio de um vídeo antigo que foi ressuscitado, com o intuito de “queimá-lo” internamente. Segundo Marcelo Bastos, com pouco tempo de campanha e com uma eleição muito próxima de ocorrer, o importante é escolher nomes conhecidos. Como exemplo, chegou a citar nomes, independente de partidos integrantes da Câmara de Vereadores, como: Eduardo Canuto, que foi líder do prefeito, Kelmann Vieira, que preside a Câmara de Vereadores, e Galba Novaes, que tem votos na região do Tabuleiro. De acordo com o pesquisador, são políticos que já disputaram eleições e, por consequência, têm bases políticas formadas. Consequentemente, pode ajudar mais Alfredo que tem nome, currículo, a máquina governamental e municipal, mas nunca construiu sua própria base.
Conforme apurou a reportagem da Gazeta de Alagoas, Tácio, na última semana teve uma perda importante. A Força Sindical se afastou politicamente de seu grupo, para apoiar um pré-candidato a vereador na região do Benedito Bentes, parte alta de Maceió.