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Nº 5868
Política Aulas presenciais seguem suspensas em Alagoas e só devem ser retomadas quando risco for quase nulo

MÉDICOS RECOMENDAM APENAS AULAS REMOTAS

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Por arnaldo ferreira | Edição do dia 29/08/2020 - Matéria atualizada em 29/08/2020 às 06h00

Se dependesse também da maioria dos médicos infectologistas que estão na linha de frente do tratamento do coronavírus nos hospitais públicos e particulares, as aulas presenciais para todos os níveis de ensino nas escolas públicas e particulares seriam canceladas por conta das deficiências sanitárias em quase todos os estabelecimentos de ensino. “Se for possível, os gestores da Educação do Estado e dos municípios deveriam aplicar o ensino à distância ou remoto este ano”. A recomendação é do presidente da Sociedade de Infectologia, médico Fernando Maia, que sugere aguardar pelo menos até o mês de outubro. Ele considera ser “cedo” para a retomada das aulas presenciais principalmente nos níveis infantil e do ensino fundamental. “Os adolescentes conseguem entender o perigo do momento, a importância do distanciamento social e a necessidade do uso da máscara. Mas as crianças têm dificuldades naturais de respeitar as regras sociais do momento”. Por isso, Fernando Maia considera “precoce” reabrir escolas para aulas presenciais. Como orientação para os pais dos alunos e a sociedade de um modo geral, ele reafirmou que “a epidemia ainda não acabou. É fundamental manter prevenção e o distanciamento social. Para as escolas, digo que vale esperar mais um pouco. Aulas presenciais em setembro é cedo”, orienta o médico.

CONSELHO DE AVÔ

“Estou aconselhando aos meus filhos a não mandarem meus netos para a escola este ano. Se a aula for remota ou à distância, tudo bem! Do contrário, é melhor que eles percam o ano do que passar por problemas mais sérios e comprometer a saúde deles e da família”, a orientação é de um dos principais infectologistas deste estado, professor universitário da área da Saúde e ex-diretor em diversos momentos do Hospital de Doenças Tropicais Hélvio Auto, médico Marcelo Constant.

HIGIENE

Marcelo não esconde a preocupação principalmente com os alunos das escolas com deficiência na manutenção das redes hidráulicas, elétricas e de higiene. “Temos que preservar a vida e evitar as diversas formas de contaminação”. O médico lembra também que as crianças podem sentir sintomas mais leves do vírus. Porém, podem se transformar em vetores e recrudescer a contaminação neste momento de queda dos números. Por isso, recomendou “prudência” aos gestores escolares, principalmente com o público infantil. Já o irmão José Maria Constant concorda com a retomada das aulas presenciais, desde que a escola esteja preparada. Neste primeiro momento, acha que é cedo para a retomada do ensino infantil. Mas vê possibilidade de retomada do ensino médio.

“Acredita que a escola só vai reabrir com as condições sanitárias e de prevenção adequadas”, imagina o médico ao avaliar que “as pessoas não podem ficar trancadas para sempre”, diz à reportagem da Gazeta.

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