Apesar de ainda não ter a totalização de inquéritos abertos no combate aos crimes eleitorais em Alagoas, a Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado da Superintendência da Polícia Federal do Estado instaurou 60 inquéritos policiais de crimes eleitorais. Ainda existem dezenas de casos em fase de investigação e instauração de inquéritos. A maioria dos crimes eleitorais trata de compra de votos, boca de urna, divulgação de fake news, desinformações e outros crimes, revelou o delegado de Combate ao Crime Organizado da PF/AL, Leopoldo Soares Lacerda. “O número de inquéritos tende a crescer. Algumas ocorrências do interior ainda estão em fase de investigação ou estão chegando a superintendência da Polícia Federal”, disse o delegado sem revelar detalhes dos inquéritos que ao serem concluídos serão enviados a Procuradoria Eleitoral do Estado e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Na operação Eleições 2020, a superintendência da PF empregou 92 policiais na capital. Eles atuaram de forma preventiva no combate aos crimes eleitorais junto com equipes de inteligência das Polícias Civil e Militar. Com relação aos 60 inquéritos instaurados, o delegado Leopoldo Lacerda confirmou que “a maioria trata de corrupção eleitoral. Existem também muitos casos de injúria eleitoral: um determinado candidato agrediu, publicamente ou pelas redes sociais, o adversário. Também há registros significativos e fake news e desinformação criminosa. Essas foram as principais ocorrências que resultaram em inquéritos policiais”. A prisão da prefeita de Palestina, Isabele Alcântara (PT), não foi feita pela PF. “Esta ocorrência não chegou ao nosso conhecimento, oficialmente. Foi feita pela polícia local”, disse o delegado de Combate ao crime Organizado. No balanço geral das operações determinadas pela Justiça Eleitoral, o delegado Leopoldo Lacerda disse não ter sido registrado “nenhum caso grave capaz de influenciar ou comprometer as eleições municipais”. Considerou as ocorrências como “relativamente normal de períodos eleitorais” e avaliou que a tranquilidade do pleito “ é fruto do trabalho de prevenção desenvolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral, Ministério Público Eleitoral e pelas forças federais e policiais de Alagoas”. O destaque da PF neste pleito foi a utilização das novas tecnologias de combate ao crime organizado ou crimes eleitorais. “A utilização de drones e a criação do núcleo de Combate a Desinformação que contou com policiais especialistas de prontidão para dar resposta rápida e eficaz para inibir estes tipos de crimes, teve um papel relevante. Alguns casos foram interceptados antes do comprometimento do processo”. O delegado revelou que a Superintendência da Polícia Federal já iniciou os preparativos e planejamento para as operações visando garantir a tranquilidade das eleições no segundo turno de Maceió. “Parte do efetivo será empregado em operações de combate a corrupção eleitoral. Iremos utilizar também uma estratégia com força preventiva a fim de coibir crimes cibernéticos e outros possíveis ilícitos”, diz.