O prefeito eleito de Coruripe, Marcelo Beltrão (PP), destacou, durante entrevista à TV Mar, que há um sentimento forte de mudança por parte da população maceioense quanto ao segundo turno na capital, o que deve influenciar efetivamente nas urnas. Conforme matéria publicada, nesta semana, pela Gazetaweb, os deputados Davi Maia (DEM) e Cabo Bebeto (PTC) analisaram que 71,1% - ou 271.574 - dos eleitores maceioenses que votaram no candidato João Henrique Caldas, o JHC (PSB), e nos demais defendem a mudança. Segundo os parlamentares, há uma grande frente contra a candidatura de Alfredo Gaspar (MDB), apoiada pelos Calheiros e Rui Palmeira. Quanto ao município de Coruripe, o cenário foi a briga de família mais vigiada das eleições deste ano, e quem se saiu melhor foi Marcelo Beltrão (PP). Ele venceu o primo, Maykon Beltrão (MDB), com louvor e uma margem larga de votos (55% contra 42%), e toda uma estrutura que envolvia o deputado federal Marx Beltrão (PSD) e o governador Renan Filho (MDB). O prefeito eleito atribui a vitória ao currículo e ao estilo de campanha que desenvolveu. Beltrão (o Marcelo) terminou 3.817 votos de diferença em relação ao seu principal adversário, com quem teve embates diretos ao longo do pleito. Denúncias envolvendo compartilhamento de mensagens em massa com conteúdo falso e ataques de ordem pessoal marcaram o período e mobilizaram a cúpula da Justiça Eleitoral e da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) para evitar que a rixa superasse o ambiente virtual e chegasse à violência física. “A minha campanha teve como esteio o esquecimento à questão pessoal. Estávamos lá para entregar uma proposta à população, mas fomos atacados, vítimas de fake news, e tentamos superar isto com foco nos interesses do povo. Enfrentamos uma grande batalha e não fizemos uma campanha contra alguém, mas a favor das pessoas. Ponto forte da campanha - o esteio foi esquecer a questão pessoal. Estávamos lá para entregar uma proposta à população”, detalhou Marcelo.
Ele disse que o povo de Coruripe ansiava por um gestor que pudesse cuidar dos maiores anseios de cada um e, por isso, investiu na ideia de levar uma proposta de comparação dos currículos dos candidatos. “A nova ordem da política é eleger gestores que possam colocar em prática os projetos que defendem. Faço política há 20 anos, com experiência em administração em diversas frentes, e o povo quer gestão. Sempre fiz política sem sobrenome, com comprometimento com a população”. Marcelo acredita que as pessoas estão cada vez mais desacreditadas com a política, sendo necessário um trabalho dos representantes no sentido de resgatar o valor que a atividade política tem na transformação da vida do povo. “A população de Coruripe estava muito carente de ser ouvida. Fizemos uma campanha pé no chão, com carro de som e indo na casa das pessoas. Só fizemos dois comícios”.