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Nº 5868
Política Bebeto: “Não tenho dúvida que a relação de JHC com o governo será uma das melhores”

JHC DEVE CONTAR COM APOIO DE BOLSONARO, GARANTE CABO BEBETO

Deputado estadual vê como positiva a relação do prefeito eleito com a família do presidente

Por Hebert Borges | Edição do dia 05/12/2020 - Matéria atualizada em 05/12/2020 às 04h00

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O prefeito eleito de Maceió, JHC (PSB), deve contar com o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante a sua gestão. Ao menos é o que garante o deputado estadual Cabo Bebeto (PTC), aliado do presidente em Alagoas. Todavia, o cientista política Ranulfo Paranhos explica que esse apoio não deve fazer muita diferença, tendo em vista que a relação das prefeituras se dá, na maioria das vezes, via ministérios e de forma técnica. JHC foi colega de Câmara dos Deputados tanto de Bolsonaro quanto do filho dele, Eduardo Bolsonaro (PSL). Em agosto passado, quando anunciou o apoio a JHC, o cabo Bebeto revelou que contou com aprovação do deputado filho do presidente. “Eu estive em Brasília e tive uma reunião longa há dois meses com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, discutindo a eleição da prefeitura de Maceió. Falei de todo cenário, expliquei tudo para ele e Eduardo conversando comigo me disse: ‘ó Bebeto, diante dessa situação eu votaria em JHC, além de ser amigo meu, ou seja JHC é amigo dele, ele vota em muitas pautas com a gente, lógico que existem outras pautas que o partido é contra, por ser deputado federal tem o voto de bancada, mas o JHC votam em quase tudo com a gente e eu votaria nele”, narrou em uma rede social. A esta reportagem, Bebeto afirmou que a relação de JHC com presidente é natural. “Eu não tenho dúvida que a relação de JHC com o governo federal vai ser uma das melhores. E eu vou sim trabalhar pra que isso aconteça o mais rápido possível, mas acredito que não vai precisar nem da minha interferência, porque é natural já essa relação”, declarou. Contudo, o apoio dado pelo deputado estadual a JHC repercutiu mal entre alguns segmentos da direita que classificam o prefeito eleito com de esquerda. Cabo Bebeto diz que os questionamentos foram de “pseudo-lideranças”. De acordo com ele, este é um problema nacional, “onde alguns só conseguem crescer pisando no outro. E as pessoas se aproveitam de alguns momentos mais delicados, como é um apoio a uma candidatura dessa para tentar diminuir as pessoas que eles tem como opositor.” Sobre o apoio do deputado federal Arthur Lira (PP) a JHC, o cabo Bebeto diz que “ele teve o candidato próprio e no segundo turno ele veio apoiar o JHC, para justamente pra manter o discurso que ele vinha de oferecer uma oportunidade de mudança ao Maceioense”. Cabo Beto diz que era natural que Arthur Lira viesse a apoiar João Henrique Caldas.

‘NÃO FAZ DIFERENÇA’

O cientista político e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ranulfo Paranhos, pontua que no Brasil a relação entre prefeituras e governo federal se dá muito mais via ministérios e entre projetos especiais. “Eu não acho que a relação pessoal entre o presidente e o prefeito faça muita diferença nesse caso”, frisa. De acordo com ele, estas relações são sempre institucionais. “Quebra essa cadeia é muito ruim para a democracia”, alerta. O professor explica que um prefeito que é do mesmo partido do presidente e tudo mais, vai cantar aos quatro ventos a boa relação que possui com a União, que vai angariar recursos, mas ele pondera que tudo isso tem um caráter mais técnico do que pessoal. “Como instituição, como Governo, Bolsonaro não tem como fechar as portas do Governo Federal aos prefeitos e Governadores, mesmo sendo de projetos políticos claros como é o caso Ciro Gomes (PDT/PSB). Diante da possibilidade de algum projeto especial para a Prefeitura de Maceió, com verbas diretas de algum ministério/governo federal, não seria necessariamente um investimento do Governo no Projeto Ciro Gomes”, afirma. A análise do cientista político cita o ex-candidato a presidente da República, Ciro Gomes (PDT), porque em Maceió o partido dele, o PDT, indicou o vice-prefeito, Ronaldo Lessa (PDT). Tal articulação faria parte de uma possível grande aliança nacional entre esses partidos visando a eleição de 2022. Paranhos diz que este é o principal projeto lançado até agora para as próximas eleições presidenciais.

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