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Nº 5868
Política Fernando Collor também defendeu a extensão do auxílio emergencial, em outro formato, para 2021

COLLOR PRESTA CONTAS E DETALHA ENVIO DE QUASE R$ 130 MI PARA AL

Senador pontua que recursos foram para diversos municípios e auxiliaram principalmente no combate à Covid-19 no estado

Por thiago gomes | Edição do dia 26/12/2020 - Matéria atualizada em 26/12/2020 às 08h58

/Fernando Collor também defendeu a extensão do auxílio emergencial, em outro formato, para 2021

A semana política em Alagoas foi marcada pela expressiva prestação de contas que o senador Fernando Collor realizou do seu trabalho parlamentar ao longo de 2020. Em entrevista à TV Mar e a uma rede com mais de 20 rádios da capital e do interior, o senador detalhou o envio de quase R$ 130 milhões para diversos municípios de Alagoas que auxiliaram no combate à Covid-19, custeio da saúde, agricultura familiar e investimentos em pavimentação de ruas. Collor também defendeu a extensão do auxílio emergencial, em outro formato, para 2021. Além dos recursos volumosos, o senador ainda foi decisivo na votação de projetos importantes no Congresso Nacional, ao longo deste ano atípico, marcado pela pandemia do novo coronavírus. Ele votou a favor do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] permanente, do Fundef [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério] e do auxílio emergencial para 65 milhões de brasileiros. “Esta [o auxílio emergencial] foi uma medida importantíssima com a participação decisiva do Congresso Nacional, capitaneada pelo Governo Federal. Agora, estamos trabalhando para que ele seja agregado e tenha sequência, com outro formato e nomenclatura, para beneficiar milhares de pessoas que necessitam destes recursos para sobreviver”, confirmou. É de autoria de Collor o projeto que combate o desperdício e incentiva a doação de alimentos por empresas e estabelecimentos. A iniciativa foi aprovado por unanimidade no Senado e sancionada, sem vetos, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “É sinal de que o projeto foi rígido, coerente, que trazia no bojo o que a sociedade entendia como suficiente para evitar o desperdício dos alimentos. Só para se ter uma ideia, o Brasil desperdiçava, ao ano, 60 milhões de toneladas de alimentos que eram rejeitados por estarem fora dos padrões de qualidade, enquanto milhares de brasileiros passavam fome. Havia uma legislação aqui que impedia que os produtores e fornecedores doassem os alimentos, o que era um contrassenso. Exterminamos este imbróglio com o projeto. Agora é possível fazer a doação, e tenho muito orgulho desta iniciativa ter sido aprovada e sancionada”. Ainda nesta linha, um pedido do senador foi concedido pelo Governo Federal para disponibilização de 15 mil cestas básicas para quilombolas, índios e mulheres vítimas de violência em Alagoas. Collor disse que, para ter o apelo atendido, contou com a sensibilidade da ministra Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos. “A tempo e a hora, estas cestas fossem disponibilizadas para assistir a estes grupos. Partiu de uma solicitação que recebi de uma população quilombola e fui estendendo devido às demandas que surgiram posteriormente”, explicou. Collor também trabalhou, em Brasília, para assegurar R$ 20 milhões para restruturar e aumentar a capacidade do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade leite, em Alagoas. O Programa do Leite estava desativado e comprometeu a situação financeira de milhares de produtores do Estado. “A pandemia devastou a economia. Os pequenos produtores de leite e de alimentos não tinham a quem vender, por causa do volume de recursos diminuído, o que acabou prejudicando toda a cadeia produtiva do leite. Conseguimos, junto ao Ministério da Agricultura, que se comprasse o leite, pagasse aos produtores e repassasse aos que necessitam”. Por força política, ele conseguiu a liberação de R$ 1 bilhão para aquisição de alimentos da agricultura familiar, beneficiando 1,1 mil agricultores e 88 mil famílias em risco familiar. “Foi uma luta no início da pandemia para sensibilizar o Governo Federal. Mas, o esforço resultou em um pleito nacional e o programa acabou disponibilizando e comprando a produção do que não seria possível vender, pagou o pequeno produtor rural e redistribuiu gratuitamente aos mais carentes”.

CANAL DO SERTÃO

Idealizador do Canal do Sertão, ainda quando presidente da República, Collor não deixou de trabalhar para ver a obra avançar. Este ano, trabalhou junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional e à Presidência da República, pela liberação de R$ 36 milhões para continuidade dos trabalhos. Bolsonaro esteve em Alagoas, com o ministro Rogério Marinho, e assinou a autorização. O senador insistiu por mais recursos e assegurou mais R$ 50 milhões. “Precisamos de um ritmo de obras para que o Canal seja concluído até o fim de 2022. É uma obra de extrema importância, iniciada em 1990. À época, também construímos a hidrelétrica de Xingó e, se não fosse ela, o Nordeste estaria, hoje, sem energia elétrica. Os projetos no semiárido pretendem transformar a região em um verdadeiro oásis para fixar o homem no campo e garantir a subsistência das famílias”.

AGENDA MUNICIPALISTA

Collor inovou e manteve agenda municipalista durante o auge da pandemia e promoveu lives com prefeitos alagoanos. Ele disse que o isolamento social fez com que a comunicação se transformasse. “Neste período, participei de mais de 100 entrevistas para diversos veículos de imprensa, além de fortalecer o intercâmbio com os prefeitos para saber como estava caminhando a aplicação dos recursos no enfrentamento da pandemia. Foram momentos de comunicação fluida e permanente com a população, por intermédio destas ferramentas tecnológicas remotas”. Na entrevista, o senador defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS), criado por ele, em 1990. O programa passou pelo teste de fogo durante a pandemia de Covid-19 e se mostrou universal diante da demanda que precisou encarar. “Tenho muito orgulho de ter implantado o sistema, através de duas medidas provisórias que assinamos. É o maior programa de saúde mundial que atende em um mundo democrático. Se não tivesse um programa interligado, com esta capacidade, o Brasil sucumbiria este ano. O SUS atende 100 milhões de brasileiros por ano, e o número traduz a importância do programa”. Collor diz lamentar a precarização do SUS ao longo dos governos que o sucederam, o que acabou enfraquecendo a rede de Saúde. “Espero que estes recursos destinados na pandemia se tornem permanentes para reforçar o acesso e o aparelhamento da rede”. Ainda este ano, Collor solicitou à Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e à Equatorial Energia Alagoas a suspensão de cortes no fornecimento de água e energia. O andamento das obras da BR-101 também foi uma conquista de Collor ao combater o que ele classifica como licenciocracia, controlocracia e auditocracia, que emperravam o andamento da duplicação. “Foi uma batalha grande para conseguir avançar as obras. Foram tiradas as amarras que impediam o progresso e a expectativa da população de que os trabalhos fossem concluídos. Hoje, estamos podendo ver as obras do governo federal sendo concluídas pelo governo Bolsonaro”, afirmou, ao citar, como exemplo, a duplicação de mais de 12 km e a inauguração do “Trevo da Morte”, da BR-101.

ELEIÇÃO

O senador percorreu Alagoas durante a eleição, manifestando seu apoio a aliados e elegendo um grande número de prefeitos e vereadores. Na entrevista, ele disse estar feliz por ter participado de um pleito em um ano atípico. “A população continua muito atenta ao cenário político. Alagoas presenciou cenas de candidatos que apoiamos e foram vitoriosos porque eram bons e, por isso, mereceram as eleições, e creio que farão uma grande administração”. Ele revelou que acompanhou, atentamente, o processo eleitoral na capital e voltou a afirmar que o êxito de JHC (PSB) nas urnas representa a vitória da humildade sobre a soberba e a arrogância. Segundo o parlamentar, o deputado federal tinha a proposta mais factível e de melhor compreensão por parte da população. Collor ainda comentou sobre a parceria e elogiou o trabalho desenvolvido pelo IPHAN [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]. Na opinião do senador, o órgão é um dos que integram o Governo Federal com maior competência, eficiência e capacitação. “Graças a um quadro qualificado é que foi possível o patrimônio histórico nacional ter um grande avanço nos últimos anos. Em Alagoas, o IPHAN realizou obras extraordinárias, como a Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Coqueiro Seco, a Igreja dos Martírios a ser revitalizada até o ano que vem e várias obras de restauração em Maragogi e Marechal Deodoro, por exemplo”, disse.

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