O início da vacinação contra a Covid-19, em Alagoas, também vai gerar debate na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), no retorno de suas atividades, na próxima semana. A primeira pauta sobre o assunto está sendo proposta pelo deputado Léo Loureiro (PP), que apresentou projeto de lei estabelecendo prioridade para pessoas com deficiência. No legislativo municipal, o retorno das atividades estará centrado no debate sobre o Orçamento de Maceió, de R$ 2,5 bilhões. “Trata-se de uma proposição que vista estabelecer prioridade para as pessoas com deficiência, em razão das condições de saúde e mobilidade que as cometem”, explicou Loureiro. A causa é a principal bandeira de sua atuação parlamentar. Antes de se eleger deputado, ele ajudou a articular e reestruturar o trabalho da Associação dos Pais e Amigos de Excepcionais (APAE). À frente da entidade conseguiu ampliar sua atuação praticamente em todo o Estado. Por isso conhece a realidade das famílias que lidam diariamente com filhos e parentes nesta condição. Como definição de quem teria direito, ele fez a definição de “pessoa com deficiência que aquela tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir a participação plena e efetiva do acometido na sociedade, em igualde de condições com as demais pessoas”. Por conta do apelo social para causa é possível que seja aprovada a urgência, em plenário, para o andamento da matéria. Mas também é possível que venha a sofrer emendas para a inclusão também de profissionais de outras categorias.
A reportagem da Gazeta apurou que nos bastidores da Casa é grande a pressão, diante da pequena quantidade de vacinas enviadas ao Estado, que algumas categorias também queiram garantir a prioridade. Os religiosos constituem um desses segmentos, pelo menos para que tenham atividade de liderança e trabalho direto com o público.
VEREANÇA
Na Câmara Municipal de Maceió, a expectativa é para a chegada da peça orçamentária que irá definir como serão investidos os R$ 2,5 bilhões previstos para este ano de 2021. Desde que venceu o pleito, já durante a transição o prefeito João Henrique Caldas (PSB) tem se preocupado em como adequar gastos, com sua corrente líquida. Sem a aprovação do orçamento, ele começou a administrar a cidade com 1/12 avos do valor do orçamento executado em 2020. Essa também acabou sendo a realidade de todas as secretarias que dependem do repasse global, bem como a própria Câmara de Vereadores. Até o momento, o remanejamento de recursos e a composição final do orçamento ainda não foi divulgada pelo Executivo. As adequações estão sendo articuladas com o apoio do secretário João Felipe, da pasta de Economia.
Em entrevista para o portal Gazetaweb e Gazeta Digital, ele acabou revelando que a herança deixada pelo ex-prefeito Rui Palmeira (sem partido) é de aproximadamente R$ 332 milhões, sendo que em caixa foram deixados pouco mais de R$ 59 milhões para investimentos diversos. Ao passo em que a administração geral faz seus levantamentos, em todas as pastas estão ocorrendo um levantamento de informações contratuais, dívidas e restos a pagar. A ordem é cortar gastos e usar a criatividade para adequação financeira.