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Nº 5897
Política Maioria dos técnicos do TC têm que compor o quadro de apoio dos 11 conselheiros

FALTA DE PESSOAL COMPROMETE FISCALIZAÇÕES

Setores técnicos do Tribunal de Contas não conseguem manter visitas rotineiras aos municípios para auditar as prefeituras

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 06/02/2021 - Matéria atualizada em 06/02/2021 às 04h00

Com 300 funcionários, os setores técnicos de fiscalização do TC não conseguem manter visitas rotineiras, fiscalização digital por falta de pessoal técnico preparado e a maioria tem que compor o quadro de apoio dos 11 conselheiros. Uma das metas da terceira gestão de Otávio Lessa é manter os investimentos crescentes em novas Tecnologias da Informação. Isto impõe a realização do concurso público, urgente. O próprio Otávio Lessa admite que com a implantação das novas tecnologias, a Corte economizará até em pessoal. Tanto que a necessidade hoje se restringe a 60 ou no máximo 70 servidores. Porém, todos precisam ter amplo conhecimento de T.I. “A gente precisa do pessoal técnico especializado para poder avançar tecnologicamente e acompanhar o que já acontece em todos os Poderes e no País”, frisou.

‘SONHO DISTANTE’

O Portal da Transparência dos órgãos públicos, especialmente das prefeituras, ainda é um sonho inatingível pelos contribuintes que desejam saber como os gestores gastam o dinheiro arrecadado. Além de faltar pessoal capacitado na maioria das 102 prefeituras, secretarias municipais, Câmara dos Vereadores e nas autarquias estaduais, falta também investimento em tecnologia e até no próprio Tribunal de Contas do Estado. A maioria dos conselheiros da Mesa Diretora revela que o TC/AL investe na modernização, em T.I. Mas admitem a necessidade de fazer concurso público para contratar pessoal especializado, mais investimentos e definitivamente banir a burocracia e a papelada do sistema analógico. Quase todos os tribunais já trabalham com sistema eficiente de monitoramento das contas públicas, com quadro técnico e no modelo on-line. Alagoas implantou metodologia semelhante. Precisa fazer a interligação com as prefeituras. A corte de contas, neste momento, corre para recuperar o tempo perdido e decidiu não receber processos das gestões de forma física [com aquela velha papelada confusa, com notas fiscais e prestações de contas inclusive manuais] disse um dos técnicos. “Desde julho, recebemos processos eletrônicos dos gestores”, revelou o presidente do TC/AL, conselheiro Otávio Lessa. O processo eletrônico, além de dar agilidade à fiscalização, é mais econômico, inclusive com gasto de pessoal. “O problema ainda é a falta de mão de obra capacitada nas prefeituras para lidar com esta realidade administrativa, dos meios eletrônicos e virtuais”. Lessa reconheceu, porém, que a pandemia do coronavírus gerou “um caos” também na política e na administração pública das cidades. “A pandemia atrasou, por exemplo, os investimentos previstos para a informatização da gestão pública”. No entanto, admite que a partir de agora é necessário um esforço dos gestores e do próprio Tribunal para implantar as etapas necessárias à política digital.

DESEMPENHO

Os resultados destes investimentos, segundo espera o presidente da Corte, é a efetiva transparência, eficiência e controle dos gastos públicos com a vigilância de todos. Também pode obter repercussões positivas nas fiscalizações físicas e na redução de gastos com pessoal. Algumas atividades emergenciais de fiscalização ainda precisam ser feitas no velho processo analógico de fiscalização. “Se a gente tivesse todos os dados, a movimentação dos recursos e da gestão, dentro do sistema, seria dispensável as fiscalizações presenciais”. Otávio Lessa acredita também que “as coisas” estão avançando. “As novas gestões querem ganhar tempo, priorizam o planejamento e valorizam a transparência com a tecnologia da informação”.

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