![Outra polêmica foi a indicação para que profissionais de Serviço Social sejam vacinados Outra polêmica foi a indicação para que profissionais de Serviço Social sejam vacinados](/img/Artigo-Destaque/300000/OBRIGATORIEDADE-DA-VACINA-DIVIDE-VEREADORES-DA-CAP0030220500-xs.jpg?xid=521509)
OBRIGATORIEDADE DA VACINA DIVIDE VEREADORES DA CAPITAL
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Por Da Redação | Edição do dia 24/02/2021 - Matéria atualizada em 24/02/2021 às 04h00
A pauta da Câmara de Vereadores de Maceió, em plena pandemia, será marcada por discussões e embates sobre temas relacionados à Covid-19. Na primeira sessão ordinária, ocorrida na tarde de ontem e transmitida pelo Youtube, já foi possível notar isso: primeiro quando o vereador Leonardo Dias (PSD) tentou emplacar pedido de urgência para projeto que garanta a não obrigatoriedade de vacinação do maceioense, e segundo quando o também novato, Brivaldo Marques (PSC), em linha contrária, fez a indicação para prioridade de vacinação para os profissionais de Serviço Social. Nos dois casos, ocorreram embates. Isto porque a proposta de Dias, por não atender os pré-requisitos para tramitação de urgência, vai seguir os trâmites normais da Casa. Segundo o vereador, mesmo sendo favorável à imunização, é necessário que seja garantida a liberdade de escolha das pessoas que não quiserem se vacinar. A proposta acabou por provocar uma reação do veterano vereador e médico Cléber Costa (PSB), que não viu sentido na proposição do colega, já que todos os números da Covid-19 na capital e no Estado indicam crescimento do número de casos, internações e contágio. “O estudo da Ufal trata do agravamento da Covid-19 na sétima semana epidemiológica. Ele aponta o agravamento do cenário no Estado. São 4.218 casos e 67 óbitos e aumento de 33% de óbitos em relação à semana anterior, que foi de 14%. Cerca de 55% dos casos de quem faz o teste estão dando positivo. A taxa de internação e ocupação de leitos está subindo sistematicamente e atingindo 72%. O limiar de segurança, em todo o compêndio de infectologia, é de 70%. Acima disso está aberto o sinal vermelho do avanço da epidemia. Alagoas está apresentando um descontrole da pandemia”, disse Cléber Costa.
PREVISÃO
O vereador destacou o fato de todos os profissionais da linha de frente do município já terem recebido a vacina, inclusive ele mesmo que atua na linha de frente de combate à doença. Cléber voltou a alertar que os dados indicam que nos próximos dias, infelizmente, deve ocorrer piora do aumento do número de casos. “Com o aumento da ocupação de leitos sinaliza um mal prospecto. Então aproveito para dizer que a saída para o controle da epidemia é a vacinação. A manutenção do afastamento, uso da máscara e higienização é uma forma de segurar. A única saída é a vacinação. Não tem essa questão de não querer me vacinar. A minha liberdade cessa quando a do coletivo surge. A importância da vacinação para o coletivo supera a da minha própria vida”, explicou Cléber.
POLÊMICA
Outra polêmica que marcou a sessão foi uma indicação do vereador Brivaldo Marques para que os profissionais de Serviço Social tenham prioridade na ordem de vacinação. Sem que o próprio vereador fizesse a defesa da proposta, a vereadora Olívia Tenório (MDB) queixou-se do fato de ter recebido a Ordem do Dia, no final da manhã e não ter tempo de ter estudado a questão. “A questão é que a pauta do dia foi entregue já no final da manhã. Eu me sinto um pouco desconfortável de votar essa indicação sem entender a fundo qual a necessidade de os profissionais de assistência social terem essa priorização. Se a gente der prioridade sempre apenas a quem tem amigos aqui dentro, fica complicado a gente vacinar todos os grupos prioritários”, contestou Olívia Tenório. Na defesa da proposta, apenas o vereador João Catunda lembrou que os profissionais atendem diariamente pessoas e por isso também estão vulneráveis ao contágio. Com a experiência de ter trabalhado na Secretaria Estadual de Assistência Social, ele confirmou a necessidade exposta na indicação de Brivaldo. A importância da categoria também foi realçada pelo 1° secretário e vereador Marcelo Palmeira (PSC), que lembrou que muitos profissionais se contaminaram enquanto faziam cadastros de atendimento. Após o embate, a indicação foi colocada para a aprovação com o voto contrário de Olívia. Caberá ao próprio município definir as estratégias com base nas orientações do Programa Nacional de Imunização (PNI).