Integrantes da sociedade civil realizarão um ato simbólico nesta terça (13), às 9h, na Praça dos Martírios, no centro de Maceió. A reivindicação é para que o governador Renan Filho (MDB) convoque uma reunião extraordinária do Conselho Integrado de Políticas de Inclusão Social - CIPIS, órgão gestor do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza (Fecoep), para deliberar o plano emergencial voltado à população em situação de pobreza extrema.
O ato simbólico acontece no dia em que se comemora os 31 anos de promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Na manifestação, será entregue o manifesto coletivo assinado por 50 entidades, movimentos sociais, comunidades e organizações da sociedade civil, pedindo celeridade e definição sobre uma data de reunião para retomada do debate, deliberação e, finalmente, execução do Plano. A minuta do Plano foi apresentada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em 18 de março, na reunião do Conselho Integrado de Políticas de Inclusão Social - CIPIS.
A fome não espera sequer algumas horas, que dirá quatro meses. São mais de 570 mil alagoanos em situação de pobreza extrema, enfrentando situações como, por exemplo, a incerteza ou a falta de uma refeição seguinte. Quem mais sofre são crianças e adolescentes, que enfrentam condições de subnutrição e se tornam mais expostas ao adoecimento – seja pelo Coronavírus, seja por outras doenças.
Além do suporte na busca por medicamentos, marcação de exames, os agentes vêm se mobilizando para conseguir alimentos e cestas básicas na tentativa de reduzir outro tipo de situação de risco que atinge crianças e adolescentes de forma ainda mais brutal: a fome.
Um problema que deve ser enfrentado a partir de políticas públicas, uma vez que estamos falando de direitos. Em Alagoas, a medida mais concreta neste momento é a efetivação do Plano Emergencial, com recursos do Fecoep, voltado a reduzir os impactos da pandemia para pessoas em pobreza extrema.