Alagoas retornou para a fase laranja do distanciamento social controlado, com isso, mais setores da economia voltaram a funcionar. Um deles foi o setor de eventos, que, mesmo com algumas restrições, poderá reabrir novamente depois de meses parado.
Apesar da flexibilização do Governo do Estado, que permite a realização de festas e eventos com número limitado de pessoas e horários, empresários do setor afirmam que ela não atende toda a categoria.
O presidente da ACAL (Assessores e Cerimoniais de Alagoas), Helion Dionísio, ressalta que alguns empresários não serão contemplados com o novo decreto. “Estamos tentando voltar, mas não vamos conseguir de um dia para outro, estamos nos organizando. Alguns eventos ainda não vão ser contemplados, principalmente aqueles com locais fechados por causa da restrição no número de pessoas. Buffets infantis e outros eventos menores serão mais contemplados”.
Segundo ele, a categoria espera que o próximo decreto venha com uma maior flexibilização e que haja aumento na capacidade de participantes dos eventos, assim como alteração no horário permitido para realização de festas.
“Nós queremos que aumente o número de pessoas em eventos fechados, porque ainda está muito baixo. Acreditamos que, com o avanço da vacinação no estado e a queda no número de leitos ocupados, o momento permita essa maior flexibilização nos próximos decretos”, afirma Dionísio.
O cerimonialista conta, ainda, que a categoria está tendo que lidar com o fator emocional e, também, financeiro. Agora, ele disse que a dificuldade está em conseguir remarcar as festas e manter os fornecedores. “Temos o prejuízo emocional, porque nosso setor trata dos sonhos das pessoas, e à, medida que o tempo vai passando, as pessoas elegem outras prioridades. E o prejuízo financeiro é que, com tantas remarcações, a gente vem tendo alguns cancelamentos e, mesmo que o governo federal tenha autorizado o reembolso desses eventos de forma parcelada, muitos clientes não querem. Outro problema é conseguir conciliar a agenda de todos os fornecedores nessas remarcações”.
O empresário Jackson Júnior é do ramo de decoração de festas e casamentos. Ele conta que estava ansioso para esse retorno depois de quase dois anos parados e tendo que manter o negócio vivo. Antes da pandemia, a empresa dele realizava, no mínimo, oito grandes eventos por mês.
“Estamos, agora, nos preparando para esta retomada, com cronogramas e protocolos para serviço de montagens e execução de eventos com a quantidade de pessoas possíveis e tomando todos os cuidados”.